Temos vivenciado, há décadas, as discussões internacionais a respeito da sustentabilidade do planeta, e nesse contexto a Amazônia brasileira é um tema recorrente.
A Comunidade Internacional vem pautando nas agendas, que as queimadas na Amazônia, a redução da floresta e a presença de atividades produtivas predatórias são fatores que vem contribuindo para a redução da biodiversidade e dos recursos naturais não renováveis, propiciando o acelerado aquecimento global.
No entanto, é importante destacar que as atividades do agronegócio e da agropecuária, em larga escala, não estão presentes na região amazônica, portanto esse não é o motivo da preocupação.
O Brasil tem sido estrategicamente proativo no agrobusiness em outras regiões do país, mas extremamente ausente nas políticas públicas sustentáveis para a Amazônia.
De acordo com estudos e pesquisas diversas, o que tem contribuído para os elevados impactos negativos na região amazônica brasileira é a presença dos garimpos ilegais, inclusive em terras indígenas. Em julho do ano passado, a BBC News Brasil apresentou imagens de satélite que identificaram esses garimpos nos estados do Pará e Roraima.
Ainda nessa esteira, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou o elevado índice de desmatamento e incêndios na região, o qual projeta a imagem negativa do país diante dos potenciais investidores e dos críticos mundiais.
Se o governo central entende que a Amazônia ainda é inexplorada e que precisa contribuir com o Desenvolvimento e Crescimento Economico do país, porque não adota Programas Estratégicos que sejam economicamente viáveis, socialmente justos e mantenedores da floresta e seus recursos conservados? Isso traria a comunidade internacional para a parceria e permitiria que os investidores olhassem para a região como a oportunidade de ganhar dinheiro mantendo viva a galinha dos ovos de ouro.
Chegou a hora do diálogo entre os cidadãos da Amazônia, os tomadores de decisões nesse país e os interessados em manter a região conservada, a fim de que ocorra efetivamente o desenvolvimento tão almejado nessa região que é maior em dimensões territoriais que o Brasil, e que oferece uma riqueza incomensurável em recursos naturais e minerais, os quais podem ser explorados com base em estudos e planejamento estratégicos.
Sem mais delongas, ou o Brasil reconhece que só é Gigante pela Própria Natureza porque ainda tem a Amazônia e que precisa adotar medidas protetivas (projetos que integrem as suas potencialidades), ou vai ter que se entregar as pressões externas e se curvar aos interesses outros.
Deus salve o Brasil da Amazônia!
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