Da Redação
MANAUS – Com 68 casos novos, o Amazonas registra 1.050 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 932 em Manaus e 118 no interior. Os dados foram atalizados na tarde deste sábado, 11, pela FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) nas redes sociais. Mais três mortes foram confirmadas e já são 53 as vítimas fatais em todo o estado, sendo 45 na capital.
Pela primeira vez desde o surgimento do primeiro caso em Manaus, no dia 13 de março, o número de novos casos confirmados de coronavírus caiu no Amazonas. Foram 68 dessa sexta-feira para este sábado, 11. De quinta para sexta, 10, foram 82 novos casos.
Dos casos do interior, os municípios afetados são: Manacapuru, com 64 infectados; Itacoatiara (11), Iranduba (11), Santo Antônio do Içá (7), Parintins (6), São Paulo de Olivença (5), Tonantins (3), Anori (2) e Careiro da Várzea (2). Os municípios de Presidente Figueiredo, Tabatinga, Tefé, Careiro Castanho, Novo Airão, Manicoré e Boca do Acre registram 1 caso confirmado, cada.
Em isolamento social estão 747 pacientes, que representam 72% dos casos. São 206 internados confirmados para a Covid-19, sendo 130 em leitos clínicos e 76 em UTI. Desses que estão em UTI, 42 estão no Hosptial Delphina Aziz. Já os internados considerados como suspeitos para a doença, são 312, sendo 267 em leitos clínicos e 45 em UTI. Outras 220 pessoas aguardam resultados do Lacen (Laboratório Central).
Um total de 75 mortes foram notificadas pela FVS desde 13 de março, com 53 confirmações para o novo coronavírus, 15 descartadas e sete em investigação. A taxa de letalidade permanece subindo e é de 5%, segundo o último boletim da FVS.
Rosemary Pinto, diretora-presidente da FVS, afirmou que Manaus é a capital do país com maior incidência da doença e isso contribui para o aumento expressivo de casos graves e mortes nas próximas semanas.
“Nós estamos esperando um expressivo aumento de casos para a última quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. A projeção vai depender da quantidade de pessoas que continuam circulando”, disse Rosemary. “O risco de adoecer é muito grande devido à alta transmissibilidade do vírus e, principalmente, devido à alta mobilidade das pessoas”, completou.
A diretora explicou que se o isolamento não for seguido, medidas mais duras poderão ser tomadas. “Se nós não conseguirmos êxito, medidas mais sérias, difíceis inclusive de serem tomadas, precisarão acontecer. Então, você me pergunta se é possível uma quarentena mais restrita, vai depender do comportamento da população”, disse, sem citar quais serão as medidas.
Delphina Aziz
Cássio Roberto, secretário executivo de Atenção Especializada do Interior, informou que o hospital Delphina Aziz continua a receber pacientes. “O Delphina ainda está recebendo os pacientes. O que é importante é que a gente organize os fluxos de atendimento. Tem às vezes unidades que já querem encaminhar para o Delphina, principalmente municípios, sem ter a confirmação”, disse.
Cássio Roberto disse ainda que se houver esgotamento de leitos no hospital de referência, os pacientes serão transferidos para os hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo. “Se possivelmente acontecer de não haver leitos no Delphina, a Secretaria de Saúde do Amazonas, em parceria com o Ministério da Saúde, junto com o Sírio Libanês (hospital de São Paulo), organizou o fluxo em três grandes unidades que são o 28 de Agosto, o João Lúcio e o Platão (Araújo). Essas unidades estão com ‘salas rosas’ para a segregação de pacientes e enfermarias adequadas e exclusivas para pacientes com Covid-19”, afirmou.
O secretário afirmou que a previsão é que o estado conte com 750 leitos para combater a pandemia, destes 200 de UTI e 550 leitos clínicos.