Da Redação
MANAUS – Uma coletânea de 7 obras de autoria de pesquisadores de Antropologia da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) será lançada na quarta-feira, 26, às 15h, no Centro de Medicina Indígena Bahserikowii (rua Bernardo Ramos n. 97 – Centro).
São as mais recentes publicações do Neai (Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena), frutos do Projeto “Rios e Redes na Amazônia Indígena”, realizado entre 2013 e 2016. Cinco obras desse conjunto destacam o protagonismo de pesquisadores indígenas tukano, do Alto Rio Negro.
A Coleção Reflexividades Indígenas contém 4 dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Ufam por João Paulo Lima Barreto, João Rivelino Barreto, Dagoberto Lima Azevedo e Gabriel Sodré Maia, todos da etnia Yepamahsã (tukano).
As dissertações, orientadas pelos professores Gilton Mendes dos Santos e Carlos Machado Dias Jr, têm sido acolhidas e reconhecidas pelos pares da antropologia brasileira por seu caráter inovador. De modo inédito no país, duas delas foram elaboradas simultaneamente nas línguas portuguesa e tukano.
O debate intelectual entre os quatro pesquisadores, seus orientadores e mais dois antropólogos, assessores do projeto, Ernesto Belo e Lorena França, resultou na elaboração da obra coletiva assinada por todo o time: Omerõ – Construção e circulação de conhecimentos Yepamahsã. Essa obra procura exprimir a síntese da epistemologia yepamahsã, estruturada em um tripé conceitual – kihti-ukuse, bahsese, bahsamori – a partir do qual se compreende a organização do mundo e a natureza dos seres e das coisas.
Além das cinco obras do Alto Rio Negro, o NEAI publicou dois livros sobre povos do rio Purus: Apurinã e Paumari. Ambos são frutos de oficinas sob temas específicos – música e grafismos – e tem como objetivo principal apoiar os processos pedagógicos nas escolas indígenas em suas respectivas aldeias.
Mário Rique e Angélica Maia, recém-doutores do NEAI, foram os responsáveis pela coordenação das oficinas e elaboração conjunta dos livros com seus respectivos colaboradores indígenas.
Parabéns a todos por esse trabalho, agora precisamos lutar juntos p/ que o governos a nivel federal, estadual e municipal, transforme em políticas públicas efetivas, pois o nosso Brasil precisa conhecer mais os povos indigenas,presente e sempre na luta companheiros!