Da Redação
MANAUS – A Aliança ABio (Aliança para a Bioeconomia da Amazônia), nova gestora do CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), terá R$ 11,5 milhões por ano do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) para desenvolver pesquisas. A estimativa é do superintendente da FAS (Fundação Amazonas Sustentável), Virgílio Viana, que apresentou, nesta sexta-feira, 23, os representantes da Aliança ABio.
Virgílio Viana informou que o repasse do Mdic será insuficiente para manter o CBA, e a Aliança Abio precisará buscar recursos adicionais de captação. “Na nossa visão, a longo prazo, o CBA tem que captar muito mais recursos do que aquilo que vai ser repassado pelo Mdic, que é um recurso muito pequeno”, disse Viana.
O dinheiro será investido na compra e manutenção de equipamentos e capacitação técnica de empreendedores. A ABio venceu o edital para gerir o centro de tecnologia. realizado pelo Mdic.
Virgílio Viana disse que as entidades que compõem a Aliança Abio fizeram um levantamento dos equipamentos do CBA e os classificaram em três categorias: aqueles que estão em perfeitas condições e funcionamento plenamente, os que estão bons, mas precisam de aferição e manutenção e os que estão obsoletos e precisam ser repostos.
Sobre o trabalho que o CBA deverá desenvolver, Virgílio Viana afirmou que ele será demandado pelas empresas. “O CBA não é uma instituição de pesquisa convencional onde a agenda de pesquisa sai da cabeça do pesquisador. A gente idealizou uma estratégia de ação onde a agenda de pesquisa sai da demanda, e quem demanda são os clientes do CBA, são as pequenas e médias empresas que já existem na Amazônia, que nós vamos chamar para o diálogo”.
Grandes empresas de cosméticos, fármacos e produtos alimentícios também poderão apresentar projetos com pesquisas mais sofisticadas. “Com o CBA novo, pretendemos incentivar o empreendedorismo e a inovação nas instalações da sede, e a partir de uma rede de incubadoras que faz parte da Aliança, a Rami (Rede de Inovação e Empreendedorismo da Amazônia)”, disse Viana.
A Aliança Abio ainda não começa agora a gerir o CBA. O contrato com o Mdic só deve ser assinado em abril de 2019, mas Virgílio Viana disse que a instituição já começa neste mês um processo de transição. “A gente começa a dialogar com o Inmetro e com a Suframa, que fazem a gestão do CBA, para que a gente possa chegar no meio do ano que vem com uma visão profunda e pré-operacional para que o ano de 2019 já seja produtivo”.
A Rede é uma das instituições que formam a Aliança ABio, que têm referência em pesquisa, desenvolvimento e inovação na Amazônia, entre elas, a FAS (Fundação Amazonas Sustentável), Ufam (Universidade Federal do Amazonas), UEA (Universidade do Estado do Amazonas) Ifam (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas), Fiocruz Amazônia (Instituto Leônidas e Maria Deane), Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Estado do Amazonas), FPF (Fundação Paulo Feitoza), UniNiltonlins (Universidade Nilton Lins), Rami (Rede de Inovação e Empreendedorismo da Amazônia), Biotec-Amazônia (Associação BioTec-Amazônia), Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) e Bionorte (Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia legal).
O evento de apresentação da Aliança Abio teve a presença do reitor da Ufam, Sylvio Puga; do vice-reitor da UEA, Cleto Leal; e representantes da Fiocruz (Maria Olívia Simão), do CBA (Maria Katherine Oliveira), entre outros.