
Do ATUAL
MANAUS — O Amazonas tem 490.935 indígenas, 62,3% deles vivem em áreas urbanas (305.866) e 37,7% em zonas rurais (185.069), segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022. Apenas 30,4% vivem em terras indígenas, correspondendo a 149.080 pessoas.
Fora das terras indígenas, a população é predominantemente urbana com 341.855 pessoas (69,6%), das quais 79,8% (272.796) residem em áreas urbanas e 20,2% (69.059) em zonas rurais. Esse contraste, segundo o IBGE, mostra a urbanização mais acentuada de indígenas.
Nos cinco municípios do Amazonas com maior população indígena em áreas urbanas, Manaus lidera com 69.747 pessoas. Tabatinga tem 26.091, São Paulo de Olivença (18.265), Tefé (15.544) e Santo Antônio do Içá (13.863). Nas áreas rurais, os maiores números foram registrados em São Gabriel da Cachoeira (24.913), Maués (8.092), Tabatinga (8.406), São Paulo de Olivença (8.354) e Santo Antônio do Içá (5.019 indígenas).
Em relação à população total em terras indígenas, os maiores números foram registrados em São Gabriel da Cachoeira (24.892), Tabatinga (19.195), São Paulo de Olivença (12.081), Santo Antônio do Içá (6.258) e Maués (6.120). Fora das terras demarcadas, os municípios com maior população indígena são Manaus (71.691), Tefé (19.356), Tabatinga (15.302), São Paulo de Olivença (14.538) e Santo Antônio do Içá (12.624).
Alfabetização
Em relação à alfabetização de indígenas, Amazonas lidera com 85,94% dessa população alfabetizada, índice acima da média na Região Norte (84,73%) e do Brasil (84,95%). Entre os 320.027 indígenas no estado, 275.025 são alfabetizados.
Em Manaus, 94,26% dos indígenas são alfabetizados. Em São Gabriel da Cachoeira, que tem uma significativa proporção de população indígena, as taxas são ligeiramente inferiores à média estadual com 89,97% de alfabetizados.
Tabatinga registra os menores índices entre os três municípios, com 86,12% de alfabetização.
Faixa etária
A população indígena com 15 anos ou mais é de 320.027 pessoas. A maioria tem entre 25 e 34 anos (22,4%). Na faixa de 35 a 44 anos são 18,2% e de 20 a 24 anos, 14,2%.
Nos seis municípios com maior presença indígena, também se destaca a faixa etária de jovens-adultos. Em Autazes, as faixas de 25 a 34 anos representam 22,2% dos indígenas, e 35 a 44 anos, 17,8%.
Em Manaus, os grupos de 25 a 34 anos (21,1%) e 35 a 44 anos (21,1%) apresentaram proporções semelhantes. São Gabriel da Cachoeira apresentou maior concentração nas faixas de 25 a 34 anos (22%) e 35 a 44 anos (16,9%), enquanto em São Paulo de Olivença são os grupos de 25 a 34 anos (23,3%) e 35 a 44 anos (17,3%) se destacaram.
Em Tabatinga, as maiores proporções foram nas faixas de 25 a 34 anos (23,7%) e 20 a 24 anos (15,9%). Em Tefé predomina a faixa de 25 a 34 anos (22,5%) e 35 a 44 anos (18,3%).