Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – O governador Wilson Lima (União Brasil) disse ao presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), que o Amazonas “não pode ficar de joelhos por conta de um discurso equivocado de proteção do mundo”. O discurso em defesa da exploração do potássio no estado ocorreu durante reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) na manhã desta sexta-feira (1º) em Manaus.
“Recentemente nós tivemos uma decisão da Justiça repassando ao estado do Amazonas, ao Ipaam, a responsabilidade de fazer o licenciamento”, lembrou o governador. “Em se tratando do bioma amazônico, a gente precisa respeitar essas condicionantes e é uma determinação que eu dei ao Instituto de Proteção Ambiental para que siga todos os procedimentos para a preservação da Amazônia”.
“Ninguém neste planeta está mais interessado em preservar a Amazônia, em fazer com que as atividades econômicas sejam desenvolvidas de forma sustentável, do que o cidadão que mora nesta terra. Falo como amazônida, como alguém que nasceu na Amazônia e entende a importância da gente encontrar caminhos de preservação, caminhos de desenvolvimento sustentável”, afirmou o governador.
Em seguida, Wilson Lima, se dirigindo a Geraldo Alckmin, disse que “a gente não pode ficar de joelhos por conta às vezes de um discurso equivocado de proteção do mundo, em que a riqueza fica debaixo da terra e o nosso povo vivendo na pobreza”. Wilson Lima declarou a Alckmin que o compromisso de seu governo é avançar no desenvolvimento da nota matriz econômica mineral, com a exploração do potássio.
Wilson Lima disse que a mina de potássio localizada em Autazes tem capacidade de fornecer 25% do potássio necessário para o país durante 30 anos. “Hoje, o Brasil importa mais de 95% do potássio”, afirmou.
O govenador também disse que a produção de potássio em Autazes diminuirá consideravelmente o tempo de transporte do produto e aumentará as condições de logística e produtividade
“Hoje, o potássio que vem da Rússia para chegar no Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do Brasil, leva aproximadamente 107 dias. O potássio que vai sair da mina de Autazes, para chegar no Mato Grosso, vai levar algo em torno de 5 dias”, estimou.
O governador disse acreditar ter em Geraldo Alckmin um parceiro interessado na causa da exploração do potássio no Amazonas. “Eu vejo seu comprometimento todas as vezes que a gente se fala. Esse é um assunto que está na nossa pauta porque o potássio é uma outra matriz econômica que se complementa à atividade da indústria”.