Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – O Nacional foi condenado a pagamento de multa de R$ 80 mil por ofensa racista de um torcedor não identificado contra o árbitro Halbert Luis Moraes Baia. O xingamento foi proferido no final da partida de ida das quartas de final contra o Manaus FC, no dia 11 de março, na Arena da Amazônia.
“Seu safado, nego vagabundo, seu macaco, filho da p**a” foram as ofensas relatadas em súmula. O Nacional também foi condenado a pena educativa e preventiva e será obrigado a entrar em campo nos próximos jogos com cartazes anti-racistas.
No julgamento, finalizado na noite desta segunda-feira (20), o voto da relatora Alessandra Silva de Lima foi aceito na íntegra pelos demais auditores da terceira turma de julgamento do TJD-AM (Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas) – Albert Valente Matos, Wendel Almeida de Souza e Gisele Moura Nunes. O presidente da sessão, Eguinaldo Gonçalves de Moura votou com a relatora.
O Nacional também foi multado em R$ 5 mil pelo arremeso de um copo com líquido (cerveja), ocorrido no mesmo jogo. A denúncia de invasão de campo ao final da partida não foi aceita pelo TJD-AM.
Massagista
Operário e o ex-massagista do clube, Erivan Cordeiro Matos, também foram julgados nesta segunda-feira por fatos ocorridos no dia 11 de março, partida contra o Amazonas, válida pelas quartas de final.
A denúncia teve como base a súmula do jogo. Além de ofensas contra a equipe de arbitragem, Erivan foi denunciado por ameaça de morte contra o árbitro Edmar Campos Encarnação, que teve o carro danificado.
O integrante da comissão técnica do Operário chutou a porta do carro de Edmar, no estacionamento do Estádio Gilberto Mestrinho.
A questão foi resolvida na delegacia de Manacapuru, na noite da confusão. Erivan foi detido, mas houve acordo entre as partes e o agressor pagou R$ 932 pelo conserto do veículo.
O relator, Wendel Almeida de Souza, pediu pena de R$ 70 mil reais e suspensão de 480 dias e mais seis partida a Erivan. Contra o Operário, o relator requereu multa de R$ 50 mil e suspensão de 360 dias.
A sentença foi derrubada pelos auditores, em voto de divergência sugerido por Albert Valente Matos. O Operário foi absolvido e Erivan condenado a R$ 2 mil, suspensão de 30 dias e mais quatro jogos.