MANAUS – O Museu Amazônico da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) lança, nesta quinta-feira, 10, às 18h, a exposição Ciclos do Eldorado, uma criação do artista Otoni Mesquita, professor do Departamento de Artes da instituição. Na ocasião, Mesquita completa 40 anos de produção artística. A exposição ficará disponível no Museu Amazônico, à rua Ramos Ferreira, 1036, Centro, para visitas no período de 10 deste mês até 26 de fevereiro de 2016, no horário 8h30 às 11h e de 14h30 às 16h.
Ciclos do Eldorado é a continuidade de um trabalho que foi iniciado em 2007, no Atelier Vila Venturosa no Rio de Janeiro, quando Otoni Mesquita realizou uma série de gravuras em metal que denominou de “Em busca do Eldorado”. Aquele trabalho tinha como tema imagens que remetiam a referências da cultura pré-colombiana e uma pesquisa que buscava um tom de dourado, que não era puramente material.
Em 2012 a pesquisa foi ampliada com experimentações que mesclavam papel reciclado, relevos, e pintura e variados materiais vegetais, que foram expostos na Galeria de Arte do SESC de Manaus. Posteriormente, em 2013, o trabalho ganhou novos elementos e foi exposto, como artista convidado para montar uma sala no Museu Goeldi, em Belém, como integrante do 32° Salão Arte Pará.
Em 2014, uma peça deste trabalho, denominada de Oferendas da Floresta, foi exposta na exposição Amazônia Ciclo de Modernidade, no Centro Cultural Palácio de Justiça, sendo adquirida e exposta no MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro), integrando a exposição Pororoca.
A exposição é composta por treze instalações que pretendem promover uma reflexão e possível discussão sobre aspectos ambientais e políticos, que nos afetam diretamente. Dentre outras peças, destaca-se Buscas e Achados, na primeira sala (Dessana), composta por gravuras e papeis tratados com técnicas mistas, juntamente com a instalação Oferendas Saqueadas que ocupa o centro da sala.
Na segunda sala (Tikuna) podem ser vistas e interpretadas alguns ciclos naturais, como: Da água e do Sal; Seres do rio de água Doce; Minha terra tem palmeiras; Tapetes da Floresta; Ciclo Gastronômico. A exposição encerra entre as duas instalações Promessas de Futuro e a Construção do Deserto.
Otoni Mesquita, tem 62 anos e está prestes a se aposentar do Departamento de Artes, onde atuou por trinta anos. O artista desenha desde criança e começou a expor em 1975, portanto, este ano completa quarenta anos de carreira. Realizou mais de uma centena de exposições coletivas e em torno de vinte individuais, com participação e premiação em Salões Nacionais.