Por Rayssa Motta, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – O MPF (Ministério Público Federal) anunciou nesta terça-feira (27), que vai criar um protocolo para celebração dos acordos de leniência em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a AGU (Advocacia-Geral da União).
Essa foi uma das iniciativas definidas na terça-feira (27) na audiência de conciliação mediada pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a renegociação de acordos firmados.
O documento deve ser apresentado em até 60 dias. Em nota, o MPF informou que o objetivo é estabelecer diretrizes para uma “atuação insterinstitucional comum, com regras uniformes” para a assinatura dos acordos de leniência.
André Mendonça suspendeu, também por 60 dias, as leniências de todas as empresas que participaram da audiência. Ele justificou que o objetivo é “gerar um ambiente de boa-fé e mútua cooperação próprios ao ambiente de conciliação na seara judicial”. Nesse período, as empresas não poderão ser punidas caso deixem de cumprir com as obrigações previstas nos acordos.
O ministro fez questão de destacar, no entanto, que a suspensão não deve ser interpretada como antecipação de um posicionamento sobre a validade ou não das leniências.
Segundo o MPF, os acordos só poderão ser revistos se forem identificadas “discrepâncias entre os termos pactuados e o protocolo estabelecido pelas instituições”.