Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) abriu inquérito nesta quinta-feira, 25, para investigar a morte de Saimon Gabriel Freitas Neri da Costa, de 6 anos, no último sábado, 20. A criança foi internada no Hospital de Manicoré com fratura no braço, depois de sofrer um acidente de moto, e morreu após a injeção de quatro anestesias.
A denúncia foi apresentada ao MP-AM pela mãe da criança, Sandy Freitas. Ela também registrou o caso na Polícia Civil alegando negligência da equipe médica do Hospital Dr. Hamilton Cidade.
O garoto sofreu o acidente na quinta-feira, 18, mas o procedimento para engessar o braço só ocorreu no sábado.
“Samuel foi diagnosticado com uma fratura e precisava engessar o braço, mas o procedimento demorou dois dias para ser realizado”, diz trecho do documento do Ministério Público que oficializa a investigação.
De acordo com a mãe da criança, após três doses de anestesia no membro machucado, Saimon Gabriel continuava a sentir dor, e os médicos resolveram aplicar anestesia geral. A equipe médica argumentou necessidade de anestesia geral para imobilizá-lo e colocar o gesso, mas após o procedimento, a criança começou a perder sinais vitais.
O promotor de Justiça Vinícius Ribeiro de Souza relatou que além do caso ter sido noticiado em vários veículos de comunicação do Estado, teve grande repercussão em Manicoré e motivou a abertura do procedimento de investigação dentro do Ministério Público.
A secretaria municipal de Saúde e a Polícia Civil local foram notificados para detalhar os procedimentos adotados no atendimento à criança. O prazo para que respondam ao Ministério Público é de 15 dias.
A SES-AM (Secretaria de Saúde do Amazonas) informou que até esta quinta-feira, 25, não tinha sido informada, oficialmente, sobre a denúncia e ao tomar conhecimento entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Manicoré, responsável pela gestão do hospital, para apurar as circunstância do atendimento.
A Semsa Manicoré informou que criou uma comissão para avaliar a conduta do médico. A SES-AM prometeu acompanhar o processo.