Da Redação
MANAUS – O motorista Paulo Lima, 27, admitiu ter agredido o jovem Clayton Oliveira, na noite dessa quinta-feira, 13, em uma corrida pelo aplicativo de transporte 99. Em depoimento à 10ª Cicom (Companhia Interativa Comunitária), da Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira, 17, Paulo Lima negou que a agressão tenha sido por homofobia e relatou que foi assediado e por isso reagiu ao “abuso” com socos.
“Ele me mandou uma mensagem perguntando se eu queria uma ‘mamada pra relaxar’. O cara já passa o dia todo trabalhando, estressado, no trânsito e o cara vem com uma proposta dessa. Mas ignorei a mensagem e decidi fazer a corrida. Ele entrou no carro com o copo de bebida na mão e toda vez que eu ia trocar a marcha do carro ele se esfregava em mim. Eu disse: ‘meu amigo fique pra lá, deixa eu terminar minha corrida sossegado’. Quando eu parei no sinal, que eu coloquei as duas mãos no volantes, ele segurou nas minhas partes íntimas, segurou e apertou. A minha reação foi me afastar, dei um soco nele, com a costa da mão dei um soco nele, nem sabia que era aquele estrago todo”, disse Paulo Lima.
Questionado se estaria arrependido e sobre as acusações de homofobia nas redes sociais, Paulo disse ter sofrido abuso e pediu respeito. “Não tô arrependido, porque eu fui abusado. Ele tentou se aproveitar de uma situação, qualquer um no meu lugar teria feito até pior. Só peço que ele crie vergonha na cara e tenha respeito, porque nem todo mundo é do tipo dele. Eu não tenho nada contra a opção sexual de ninguém, qualquer um viva a sua vida da forma que achar, eu só quero que ele fique feliz, ele na vida dele e eu na minha”, disse Paulo.
O motorista afirmou que caso o “abuso” tivesse partido de uma mulher, ele teria a mesma reação. “Seria da mesma forma, ia pedir respeito, porque eu to trabalhando. Se fosse uma mulher eu também não ia aceitar, como já fui assediado várias vezes por mulheres no aplicativo. Isso acontece com vários motoristas, vai dele aceitar ou não”, disse.
Paulo também desmentiu a versão de Cleyton de que ele teria se jogado do carro para fugir das agressões. “Na hora que eu falei que ia pra delegacia ele começou a gritar, disse que ia se jogar do carro, eu segurei no braço dele e brequei o carro, ele abriu a porta, pegou as coisas dele e saiu correndo”, disse.
Paulo foi indiciado por lesão corporal e a polícia aguarda resultado de corpo e delito da vítima para anexar no inquérito.
Em nota na manhã desta sexta-feira, 14, a empresa 99 informou que baniu o motorista Paulo e bloqueou preventivamente o perfil de Clayton. A empresa aguarda as investigações da polícia.
É revoltante, ele deveria ter aceitado o assédio?
Os homossexuais são os primeiros a não respeitar as pessoas, basta ver os que andam seminus em esquinas e ruas sem respeitar ninguém!
Li as duas versões e francamente acredito no motorista.
Eu só queria saber da 99 se fosse uma motorista Mulher, que tivesse sido assediada durante o trabalho dela e tivesse reagido de forma semelhante ao rapaz, tendo que esmurrar o assediador se ela também seria BANIDA do app!!!!
É dessa forma que a 99 protege seus motoristas parceiros banindo-os da plataforma sem o direito de defesa?
Onde está a justiça nesse país? A lembrei, a “justiça” neste país está ocupada libertando ladrões corruptos e criminosos e militando politicamente enquanto o cidadão de bem padece na mão de vagabundos todos os dias.