Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, afirmou que os massacres de presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) em Manaus, como o desse domingo, 26, e o de janeiro de 2017, afetam a economia com impacto direto no turismo. “Aquilo (chacina de 2017) foi um dano para o turismo, um dano para Manaus, um dano para o Amazonas. Isso não pode continuar ocorrendo”, disse, nesta segunda-feira, 27, ao inaugurar gerador de energia elétrica a partir de biogás no aterro sanitário.
“Sinto a segurança pública no Amazonas descontrolada. Retiraram, esvaziaram o pavilhão de mulheres (no CDPM – Centro de Detenção Provisória de Manaus) e colocaram os presos de uma determinada facção criminosa com um metro de muro que separava de outra facção criminosa. Era quase que pedir para que eles entrassem em conflito, era quase que pedir para se repetir aquelas cenas terríveis de primeiro de janeiro de 2017, que são inesquecíveis”, disse Arthur, sobre medidas para realojar detentos no complexo penitenciário.
Arthur Neto disse que os “presídios são dominados pelo tráfico”. “Estão entregues ao tráfico, que fazem o que bem quer. Senti falta de pulso, de pegada, de ordem”, afirmou, ao se referir à chacina desse domingo. “Chegamos ao ponto em que nós deixamos nascer um novo tipo de ser humano. Um ser humano que não se importa de ficar preso. De dentro do presídio ele manda, faz e acontece e nós aqui fora inquietos, as pessoas nos bairros se trancando em grades”, disse.
Sem armas, com imposto
O prefeito disse ser contra o decreto das armas, do presidente Jair Bolsonaro, que flexibiliza a posse e porte de arma de fogo. “Não sou esse tipo não. Sou contra arma, não uso arma por várias razões. Não uso porque não sei atirar, porque não quero atirar e porque pago imposto para a polícia tomar conta de mim, para o Estado tomar conta de mim. Eu pago imposto para andar em paz e não tenho andado em paz”, afirmou.
O problema do turismo em Manaus é a falta de estrutura, ruas e avenidas totalmente esburacadas e com ondulações causadas pela péssima qualidade do asfalto e com iluminação precária, as praças escuras e com os chafariz desligados. Agora querer tirar proveito de situação isto é no mínimo a falta de sensibilidade e ética. Nos moradores de Manaus não podemos utilizar as praças pelo falta de iluminação, segurança e estacionamento e para as crianças não há brinquedos. Como também não estrutura para consumo de alimentos e bebida (agua), veja como exemplo a praça da Saudade.