Da Redação
MANAUS – O ministro Rogério Schietti Cruz, da Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mandou libertar o presidente da Câmara Municipal de Coari, vereador Keitton Pinheiro, preso na Operação Patrinus no dia 26 de setembro. Keitton é primo do prefeito de Coari, Adail Filho.
De acordo com o advogado Fabrício Parente, além dos mesmos argumentos usados para libertar o prefeito do município, Adail Filho, na quinta-feira, 3, a defesa também alegou desvirtuamento da finalidade da prisão temporária.
O advogado afirma que a Justiça está usando a prisão temporária para substituir a condução coercitiva, que foi proibida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
“Complementamos com a fundamentação de que infelizmente hoje o Judiciário brasileiro está desvirtuando a finalidade da prisão temporária que, como o STF suspendeu a condução coercitiva, então hoje o Judiciário está utilizando a prisão temporária com esse objetivo e isso é um absurdo”, afirmou Fabrício Parente.
De acordo com o advogado, Keitton Pinheiro deixará o 1º Batalhão da Polícia Militar, na Avenida Tefé, zona sul de Manaus, neste sábado, 5, último dia da prorrogação da prisão temporária decretada pela desembargadora Carla Reis.
Além de Keitton Pinheiro e Adail Filho, foram alvos de prisão temporária o sargento da Polícia Militar Fernando Lima e o empresário Alexsuel Rodrigues. Eles são acusados de integrar esquema criminoso criado para fraudar licitações, lavar dinheiro e corromper a estrutura de poder do município, segundo denúncia do MP-AM (Ministério Público do Amazonas).
O MP-AM estima que o esquema tenha movimentado R$ 100 milhões nos anos de 2017 e 2018.