MANAUS – Não se sabe se os anjos fazem lobby no céu, mas aqui na Terra pastores agem em nome de Deus com voracidade demoníaca.
E nem precisa de um exército de fiéis. Bastam dois soldados do Senhor no MEC – espécie de ‘ministério dos pastores’ – para causar um estrago bíblico. Eles negociavam liberação de verba com prefeitos em troca, não de salvação, mas de acumulação de capital.
Afinal, a alma é leve, mas a carne é fraca. E o bolso é fundo.
O governo do Messias trata os pecadores como caso isolado.
E é mesmo. Isolavam os oposicionistas e beneficiavam os bolsonaristas.
O ministro pastor – ou pastor ministro – Milton Ribeiro disse que foi o Messias quem mandou. O Messias rebateu: cuméquié?
Ribeiro, como que fulminado pela ira do divino, prontamente disse que não disse o que disse que estava dito no áudio divulgado como cântico ecumênico.
Houve época em que aproveitadores travestidos de religiosos vendiam a entrada no céu em moedas de ouro. Hoje, o ouro ainda é moeda de troca.
No melhor estilo “tirar o meu da reta”, o Messias avisou que não abençoou essa heresia.