Da Redação
MANAUS – De janeiro a dezembro de 2020, as delegacias de Manaus receberam 81 notificações de desaparecimento de crianças e adolescentes. Neste ano, até abril, já foram 25 casos. A maioria é meninas da faixa etária de 12 a 17 anos – 60% do total, segundo a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública).
Os casos de desaparecimento se enquadram nas chamadas fugas do lar e, muitas vezes, são consequência de conflitos familiares, relacionamentos proibidos ou até envolvimento com atos ilícitos. “Nós temos o setor que faz a escuta com a família para que a gente possa verificar todas as circunstâncias que levaram essa criança ou adolescente a desaparecer. A equipe investiga o que levou esse menor a sair de casa, às vezes, ele é estimulado e levado por violências naquele ambiente familiar”, diz a delegada Joyce Coelho.
“Precisamos desmistificar aquilo de que se deve esperar 24 horas. Se, por exemplo, a criança e o adolescente deveriam ficar em casa em tal horário e não estão, no mesmo instante, procure registrar essa ocorrência. Quanto menos tempo se perde nesse tipo de caso, é mais fácil para a gente elucidar”, acrescenta.
Ninguém percebe que esses desaparecimentos de menores pode ser tráfico humano, e muitas vezes as pessoas envolvidas nesse crime tem
poder e fica difícil fazer uma denúncia se os casos são descartados dessa maneira.