O governador José Melo (Pros) e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), pareciam unha e carne nos últimos dias, principalmente depois que o segundo declarou apoio e se aliou ao primeiro na disputa eleitoral ao Governo do Amazonas, em que Melo busca a reeleição. Arthur prometeu ser um cabo eleitoral de Melo nas horas vagas. Mas ontem, no Senado, onde foi votada e aprovada a prorrogação dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos (até 2073), ficou evidente que quando se trata de eleições presidenciais, os dois não estão tão unidos assim. Enquanto José Melo destacou o esforço da presidente Dilma Rousseff (PT) para a prorrogação da vida da Zona Franca de Manaus, Arthur tentou inserir o candidato dele Aécio Neves (PSDB) no rol dos que contribuíram, mesmo que indiretamente para a vitória do Amazonas no Congresso Nacional.
Aécio discursou no Plenário, defendeu a Zona Franca e lembrou que Arthur já havia apresentado uma PEC para prorrogar a ZFM por mais 50 anos, antes de a presidente Dilma apresentar a dela. No release que a Secretaria Municipal de Comunicação enviou às redações, aparece a fala do senador Aloysio Nunes Ferreira também exaltando a participação do PSDB, via Arthur Virgílio, na manutenção da ZFM. Eis a fala: ““Arthur Virgílio, com a sua eloquência, influência política e ardor na defesa da matéria, foi o grande responsável para que ela virasse absolutamente consensual na bancada do PSDB”. Nunes Ferreira é o candidato a vice-presidente na chapa de Aécio.
Enquanto isso, Melo dizia, como registrou a Agecom: “Este resultado unânime é fruto de um esforço da bancada do Amazonas, da presidenta Dilma que deu determinação a sua bancada também, e o Brasil todo que entendeu a importância da Zona Franca para a manutenção dos empregos no Amazonas e preservação do maior patrimônio biogenético que é a Amazônia”.