Da Redação, com informações da assessoria
MANAUS – Em nova fase musical e após lançamento de ‘Caçador de Likes’ (primeiro single), o músico Marcelo Nakamura apresenta a música ‘Din-Din’ que estará disponível a partir desta sexta-feira, 8, em todas as plataformas digitais.
‘Chup-chup’, ‘sacolé’, ‘juju’, ‘flau’, ‘din-din’ são alguns exemplos de como são chamados os tradicionais sorvetes caseiros, embalados em saquinhos de plástico.
‘Din-din’, como é chamado no Amazonas, é o novo single de Marcelo Nakamura. Com ares da Amazônia ao Caribe, a faixa trás o calor tropical e busca reunir as inúmeras variantes e variedades desse refrescante e popular item gastronômico, indispensável para quem mora nas regiões mais abafadas do País.
“Essa música foi composta em 2017, na época eu tinha um projeto chamado Jiquitaia e, junto com a Iná, Elizeu Costa e Igor Sena, andando nas ruas de Manaus, deu vontade de tomar um din-din e começamos a escrever a letra nessa hora.”
Gravado no Estúdio Guevara, “Din-din” tem saxofones, produção musical e mixagem de Remi Chatain, percussões de Bruno Duarte e guitarra e voz de Marcelo Nakamura, que assina a composição com Elizeu Costa, Igor Sena e Iná. A master é de Maurício Gargel.
Nova fase musical
Se “todo artista tem de ir aonde o povo está”, foi em São Paulo – com seus 12 milhões de habitantes – que Marcelo Nakamura, cantor e compositor ‘nipo-brasileiro-amazônico’, aterrissou com seu violão e inúmeras composições para trilhar a nova fase na qual reafirma sua identidade amazônica.
Na capital cultural e econômica do Brasil, Nakamura encontrou músicos que acreditaram no potencial sonoro de suas canções, entre eles o percussionista Bruno Duarte, da banda Xaxado Novo, e o saxofonista Remi Chatain, da Trupe Chá de Boldo que, após experimentos e identificações, criaram o projeto ‘Naka & Os Piranha’, nome dado ao segundo disco do artista.
O álbum está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2020 e será produzido por meio de campanha de financiamento coletivo.
“A recepção está sendo muito boa, acredito que há interesse e abertura por parte da população aqui da região (sudeste) para conhecer novas sonoridades, timbres, sabores, palavras e significados, e nós, artistas do Norte estamos aqui pra ressignificar esse regionalismo que estamos trazendo” diz Nakamura.
O álbum, produzido por Remi Chatain, leva camadas do pop e beats eletrônicos propondo um diálogo com instrumentos orgânicos como banjo, maraca e tambores.
“Um dos propósitos é a divulgação da música regional e autoral da Amazônia em fusão com ritmos de universos distintos no eixo cultural Sul e Sudeste”, completa Nakamura.
Nas letras, o cotidiano do Amazonas ganha contexto atual dos relacionamentos nas novas formas de comunicação, com hábitos contemporâneos nas redes socias, sem deixar de lado as questões ambientais e espirituais intrínsecas à maioria dos nortistas.
Tudo com a leveza e o bom humor já marcantes nas músicas do artista. “Os amores não correspondidos, DR’s, as mídias digitais, a necessidade de likes, além de elementos xamânicos e uma suave crítica da estigmada ‘sofrência’, são alguns dos temas que permeiam as composições desse disco”, completa Nakamura.
Em fase final de produção, a novidade conta com a participação de Samuca (banda Samuca e a Selva), dos guitarristas Kaneo Ramos e Rafael Ângelo (banda Alaídenegão), das cantoras Mariana Degani e Ellen Fernandes, banda Xaxado Novo, grupo Rachada do Coco, além do paraense Silvão Galvão e integrantes da Trupe Chá de Boldo.
O primeiro single do projeto Naka & Os Piranhas é “Caçador de likes”, de Marcelo Nakamura em parceria com Thais Badú e Juca Culatra. A música retrata a maneira atual de interesse por meio de interações nas redes sociais.
Com o refrão “me dá um like que eu te dou o meu amor”, a cúmbia-beiradão-eletrizada ganha reforço de Samuel Samuca e seu toque caliente latino.
Marcelo Nakamura
Com dez anos de carreira, Marcelo Nakamura conquistou destaque no cenário musical de Manaus ao se apresentar em eventos promovidos por pesquisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). Foi integrante das bandas Cumbuca Maria, Canhamukaya, Tribo Zaggaia, Mandingaya e Jiquitaia.
Sua musicalidade tem forte relação com o folclore de Parintins-AM e atualmente, após experienciar a estrada musical brasileira e despertar para as diversas expressões artísticas, o músico permeia por ritmos encontrados no carimbó, toada, baião, brega, beiradão, xote, samba, ciranda, samba-rock, coco e experimentais.
Muitas composições de sua autoria já foram gravadas por artistas do cenário amazonense e paraense como “Cadê a Morena?”, que ficou conhecida com a banda Alaídenegão. É autor de “Mangarataia” gravada por Rosivaldo Cordeiro com produção de Manoel Cordeiro, além de “Bariri vou lá (Tu é léso, é?)”, gravada por Márcia Novo, cantora com quem possui outras parcerias como “Cúmbia beiradão”, “Já que comeu jaraqui” e “Só quero pavulagem com você”.
Nakamura também criou canções com as bandas Casa de Caba, Cabocrioulo, Bel Martine, Nattus Tribállia e o grupo de Maracatú Eco da Sapopema.
Contemplado no “Edital de Conexões Culturais/ 2015”, da ManausCult – Secretaria Municipal de Cultura, o artista lançou o seu primeiro disco intitulado Psycho Bagaceira, gravado no estúdio Cauxi. O disco está disponível nas principais plataformas digitais (Spotify, Deezer, Itunes, SoundCloud e YouTube).
Atualmente mora em São Paulo onde dedica parte do seu tempo no estudo e produção de músicas autorais.