Da Redação
MANAUS – Manifestantes tentaram queimar a Bandeira Nacional no protesto ‘Amazonas Pela Democracia’, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que acompanhava o ato na tarde desta terça-feira, 2, na Avenida Djalma Batista, zona Centro-Oeste de Manaus. O movimento que seguia pacífico até então, teve o momento de tensão entre a PM e os participantes.
Durante a caminhada, os manifestantes realizavam uma série de demonstrações artísticas representando a morte de minorias, com foco na violência contra pessoas negras em ações da polícia.
Em um dos atos, a Bandeira do Brasil foi manchada de vermelho e pisada simbolizando o sangue das vítimas. Ao tentar finalizar a performance atendo fogo no símbolo nacional, um integrante do movimento foi impedido pelos policiais.
Com a intervenção da polícia, outros manifestantes se aproximaram e, após uma rápida conversa, acordaram em não queimar a bandeira.
Apesar da tensão, não houve agressão entre as partes ou prisões. Mas a proibição dividiu opinião entre os manifestantes. Enquanto uns pediam calma, outros gritavam frases como “polícia assassina” e “liberdade de expressão”.
Após o ocorrido, a PM que até então acompanhava a caminhada pelas laterais, se misturou com os participantes e fez um cordão impedindo que os manifestantes voltassem para a pista.
Na calçada em frente ao Manaus Plaza Shopping, os manifestantes se organizaram e decidiram encerrar o protesto pois a concentração no espaço impedia o distanciamento entre as pessoas.
A Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968, determina que é proibido que se apresente ou se trata com desrespeito qualquer dos símbolos nacionais, o que inclui a Bandeira Nacional. A Lei nº 5.700, de 1 de setembro de 1971, também traz orientações sobre o uso da bandeira, que entre outras proibições, considera manifestação de desrespeito apresentá-la em mau estado de conservação.