Da Redação
MANAUS – Em um grupo de 200 mulheres assistidas pelo programa de proteção à vítima de violência doméstica, apenas duas viaturas são disponibilizadas pela Polícia Militar para fazer a ronda diariamente em Manaus, informou a capitã Franciane Oliveira, na manhã desta segunda-feira (20), durante entrevista coletiva sobre a Operação Maria da Penha – que encerrou na sexta-feira (17) após um mês de prisões, busca e apreensão.
“Depois de deferida a medida protetiva é que a Ronda Maria da Penha vai atuar fiscalizando”, disse. “São duas viaturas (que fazem ronda) diariamente para toda a cidade. Esporadicamente, quando há operações, são liberadas três”, completou.
De acordo com a policial, o número de mulheres assistidas “flutua muito” porque “todos os dias a gente recebe (pedidos de) mulheres para acompanhar e encerrar o atendimento com outras. Quando elas se sentem seguras, elas dispensam nosso atendimento”.
No interior do estado, a polícia não tem “formação” para atuar com a ronda, mas isso “não impede que se preste os devidos atendimentos”, segundo Franciane. “Se o policial precisar de informação supementar, ele faz contato com a gente aqui na capital”.
A Operação Maria da Penha foi deflagrada no dia 20 de agosto e encerrou na última sexta (17). Nesses 20 dias, a polícia fiscalizou as 114 medidas protetivas de urgência registradas e atendeu 588 mulheres.
Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão por descumprimento de medidas protetivas e outros crimes contra a mulher.
No Amazonas, a operação foi realizada com o apoio da Sejusc (Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania), que disponibilizou uma equipe multidisciplinar com psicólogo, assistente social e assistente jurídico às vítimas de violência doméstica.
De acordo com a secretária da pasta Mirtes Salles, os técnicos “vão continuar fazendo esse atendimento mesmo com o fim da operação porque essas mulheres precisam de acompanhamento”.
Além do 180, as vítimas podem acionar a PM pelo (92) 9 8842-2258, ou instalarem aplicativo “Alerta Mulher” no celular. “Quando acionado, o app envia um chamado para o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança). Com a localização em tempo real da vítima, ss servidores enviam viatura mais próxima”, disse a delegada Débora Mafra.