Da Redação
MANAUS – Movimento de pessoas na Feira Manaus Moderna, no centro de Manaus, continuou intenso na manhã desta terça-feira, 24, mesmo com a situação de calamidade pública no Amazonas decretada nessa segunda-feira, 23, pelo governador Wilson Lima por conta do coronavírus (Covid-19).
Apesar do risco à saúde pelo contato direto com clientes, feirantes afirmam que não podem suspender as atividades porque dependem da renda proveniente da venda de mercadorias. No local, a reportagem constatou que poucos feirantes estavam usando máscara de proteção para prevenir contágio do coronavírus, que já infectou 32 pessoas no estado até essa segunda-feira, 23.
Na tarde desta terça-feira, 24, representantes da Prefeitura de Manaus devem se reunir para definir o novo horário de funcionamento da feira. Ontem, a prefeitura havia anunciado que a feira funcionaria até as 14h, mas suspendeu temporariamente a decisão, situação que foi comemorada pelos feirantes: “É bom, né? Pelo menos a gente tem mais uma hora”, afirmou um feirante.
Nessa segunda-feira, o governador Wilson Lima assinou o Decreto nº 42.101/2020, que determinou o fechamento por 15 dias do comércio de Manaus, com exceção dos “estabelecimentos que se destinem ao abastecimento alimentar e farmacológico da população”, como, padarias, supermercados, drogarias e farmácias.
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Militar promoveu ação no centro de Manaus para fiscalizar o cumprimento do decreto que determinou o fechamento do comércio. A reportagem acompanhou o momento em que policiais militares mandaram fechar lojas de roupas que estavam funcionando normalmente na Avenida Marquês de Santa Cruz.
Viagens para o interior
Viagens de barco para os municípios do interior, proibidas pelo governador Wilson Lima pelo Decreto nº 42.087, também foram registradas na manhã desta terça-feira no porto de Manaus. Um dos barcos, identificado como Ananias 3, partiu com passageiros para o Distrito de Novo Remanso, no município de Itacoatiara.
Apesar de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que condicionava ao um “parecer técnico” da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a restrição de passageiros em rodovias, portos e aeroportos, a vigência do decreto de Lima foi mantida após decisão da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, tomada nessa segunda-feira.
(Colaborou Jullie Pereira)