Por Sofia Aguiar, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu nesta quarta-feira (14) uma divergência dentro do governo entre uma ala que está preocupada com a responsabilidade fiscal da gestão federal e outra que diz ser necessário fazer gastos. De acordo com Lula, quando há essa discussão, ele sempre pontua o quanto custa não fazer projetos nos períodos adequados.
“Mesmo agora no governo, quando a gente senta para discutir, você tem o pessoal preocupado que a gente não consiga gastar o dinheiro que precisa e as pessoas que sabem que precisa gastar”, disse Lula, durante sessão de abertura do fórum Um Projeto de Brasil, do novo ciclo da série Diálogos Capitais, promovido pela revista Carta Capital, nesta quarta-feira.
“Os que não querem, também sabem que precisa gastar, mas têm responsabilidade em dizer para a sociedade que nós não temos tudo isso”, pontuou o presidente.
Lula, então, disse “provocar” os ministros com a seguinte pergunta: “Quanto custa fazer tal coisa? Vamos nos perguntar quanto custa não fazer?”
Viagem ao Japão
O presidente disse que pretende fazer uma visita ao Japão em março de 2025 e cobrar sobre a fábrica de semicondutores que o Japão pretende construir no Brasil. O chefe do Executivo disse que pretende levar diversos empresários brasileiros na ida à nação asiática. “Eu vou fazer uma visita lá em março e vou cobrar: Cadê nossa fábrica de semicondutores?”, disse Lula.
Segundo Lula, a intenção é que vá diversos empresários brasileiros a essa viagem. “Agora, temos um avião grande que dá para encher de empresários, nem precisa comprar passagem”, comentou.
O presidente afirmou que, em todo lugar que viajar, pretende fazer debates com empresários locais e brasileiros.