Da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que não permitirá que empresas médicas suspendam serviços para pressionar pelo recebimento de parcelas atrasadas de contrato. “Eu não vou permitir que os pacientes sejam colocados nesta situação e sejam utilizados para pressionar o governo do Estado. A minha preocupação maior é com o paciente, com o cidadão que precisa do serviço público”, disse o governador, ao responder sobre se rescindirá novos contratos como fez com o Icea (Instituto de Cirurgiões do Estado do Amazonas), na manhã desta quinta-feira, 8.
“No caso específico do Icea, houve uma não prestação de serviços por parte deles. Isso nós não vamos aceitar porque põe em risco a vida das pessoas. Nós estamos fazendo essa redução porque médicos simplesmente deixaram de ir trabalhar”, afirmou.
Wilson Lima disse o processo de substituição não prejudicará o atendimento, porque há reordenamento da rede de assistência, com a otimização de médicos. Novas empresas terceirizadas também poderão ser contratas para repor os funcionários dispensados.
“Temos outra situação com os cirurgiões vasculares, que estão cobrando débitos pretéritos, ou seja, de 2018, que a gente já fez uma negociação com essas empresas, usando parte de recursos do FTI (Fundo de Desenvolvimento e Interiorização do Turismo), já pagamos duas competências do ano passado, e estamos pagando em dia e conversando com as empresas sobre o momento em que isso não é possível. Há aí um espaço de tempo pra que efetivamente aconteça esse pagamento”, disse o governador. “Não é justo que, no caso dessas duas empresas, façam isso com o governo do Estado”, lamentou.
O Icea deixará de atender nos SPAs (Serviços de Pronto-Atendimento) como o do Alvorada, Joventina Dias, São Raimundo, Colônia Antônio Aleixo, Danilo Corrêa, Eliameme Mady, José Lins, Zona Sul e Coroado. Os cirurgiões continuarão trabalhando apenas em casos específicos, mas o valor referente aos plantões que a empresa cobria nos nove SPAs será reduzido. O contrato atual tem valor de R$ 50 milhões/ano para atender, além dos SPAs, prontos-socorros, hospitais das fundações e maternidades. Com a retirada dos serviços do Icea nos SPAs, o valor será de R$ 45 milhões/ano.
Os cirurgiões da empresa atuarão no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, Maternidade Ana Braga, Maternidade Balbina Mestrinho, Maternidade Alvorada, Maternidade Azilda Marreiro, Maternidade Nazira Daou, HPS 28 de Agosto, HPS João Lúcio, Hospital Adriano Jorge, e os prontos-socorros da Criança das zonas Leste, Sul e Oeste.
(Colaborou Iolanda Ventura)
Não é de agora que isso acontece.
Esse sistema público não funciona com agilidade, minha irmã precisa com urgência de uma consulta com o neuro e deram 50 dias pra conseguir, e agora ela tá internada na reanimação e essa consulta nada de ser marcada. Não sabemos se ela vai sair viva do hospital e esse povo fica fazendo greve, pondo em risco a vida dos pacientes.
Cuidem em pagar o povo que trabalha pq eles também tem família pra sustentar , contas pra pagar .