Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, elogiou a atuação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na segunda onda da pandemia no estado em janeiro deste ano. A declaração foi feita em live nas redes sociais na manhã desta segunda-feira, durante apresentação do balanço da mobilização da vacinação contra a Covid-19 realizada neste fim de semana na capital.
“Aqui eu quero fazer um reconhecimento ao governo federal, um reconhecimento ao ex-ministro Eduardo Pazuello que foi fundamental naquela segunda onda, quando inclusive, junto aos governadores, defendeu o envio de mais vacinas ao estado do Amazonas e isso aconteceu”, disse Lima.
O governador também deu parte do mérito da vacinação em massa em Manaus ao governo federal. “Isso só foi possível no fim de semana por conta dessa aplicação do governo federal com o estado do Amazonas”, afirmou.
Em maio, durante depoimento à CPI da Covid no Senado, Pazuello atribuiu à Secretaria de Saúde do Amazonas a responsabilidade pela falta de oxigênio em Manaus que levou à uma crise de desabastecimento nos hospitais públicos da capital em janeiro.
O ex-secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo rebateu afirmou que no dia 7 de janeiro ligou para Pazuello pedindo apoio logístico para trazer oxigênio de Belém (PA) para Manaus.
Durante o balanço, o prefeito de Manaus, David Almeida, agradeceu ao comandante militar da Amazônia, general Theophilo Oliveira, pelo apoio aos trabalhos de imunização na capital.
“Eu já liguei para o comandante militar, o general Theophilo. Estendemos as mãos a ele em função do que ele tem feito, juntamente com a Marinha e a Aeronáutica nesse momento tão difícil que Manaus atravessa”, disse.
Inquérito sigiloso da Polícia Federal que investiga supostos crimes de Pazuello traz evidências de que o ex-ministro da Saúde e o comando do Exército na Amazônia foram formalmente avisados sobre a “iminência de esgotamento” de oxigênio em Manaus em janeiro, cinco dias antes do colapso, com pedidos de socorro não atendidos a contento. O comando militar do Exército contestou a PF e disse que agiu prontamente na crise do oxigênio.
Pazuello foi fundamental durante a segunda onda? Como assim governador? Se o gordinho do Presidente soube (em dezembro/2020) que faltaria oxigênio e, depois, cerca de dez dias do colapso que matou (por covid) mais de duas centenas de amazonenses em Manaus, então, o ministro foi fundamental para que as mortes ocorressem. é isso que o governador está agradecendo? Putz!