Do ATUAL
MANAUS – A 2ª Vara da Comarca de Iranduba e o Abrigo Coração do Pai, instituição que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no município (a 27 quilômetros de Manaus), procuram candidatos a padrinhos e madrinhas afetivos.
A juíza Nayara Antunes disse que três pessoas manifestaram interesse em se tornar padrinhos afetivos, mas esse número é muito baixo para atender as crianças e adolescentes do abrigo.
O projeto no “Coração do Pai” em Iranduba está com inscrições abertas e busca pessoas com disponibilidade para participar diretamente da vida de crianças e de adolescentes. Os interessados podem morar no município mesmo ou próximo e precisam preencher os seguintes requisitos: ser voluntário com, no mínimo, 21 anos; participar de cursos, oficinas e reuniões com a equipe do projeto e não estar envolvido em processo de adoção.
Os candidatos participarão de capacitação. O padrinho ou madrinha poderá levar a criança/adolescente para passar os fins de semana ou até períodos mais extensos como férias escolares e datas comemorativas. “Apadrinhar não é adotar, mas é oferecer às crianças e aos adolescentes momentos de convivência familiar na qual receberão amor, atenção, afeto e carinho”, informou o abrigo.
Projeto
Segundo Nayara Antunes, o trabalho sobre apadrinhamento afetivo é uma parceria entre a 2ª Vara da Comarca de Iranduba e a instituição de acolhimento do município. O abrigo elabora relatórios sobre os padrinhos para fiscalização da Justiça.
“Conforme as diretrizes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), uma das intenções do apadrinhamento afetivo é que a criança possa conhecer como funciona a vida em família, vivenciando situações cotidianas. E os padrinhos precisam ter disponibilidade para partilhar tempo e afeto porque eles se tornarão uma referência significativa ao longo de suas vidas”, disse a magistrada.
“Nesse momento, a nossa maior dificuldade é conseguir padrinhos, mas estamos na luta”, disse Natália Mano, coordenadora do abrigo. O apadrinhamento afetivo começa no momento em que a criança está no abrigo até o seu desacolhimento, mesmo assim continuam como um referencial na vida dela.
“Dos padrinhos afetivos, as crianças e os adolescentes esperam amor, carinho, cuidado e participação em suas vidas, como datas comemorativas, aniversários, fins de semana e feriados. Eles relatam que gostam dos momentos em que passam com os padrinhos, quando brincam juntos, passeiam e fazem atividades conjuntas”, disse.
Segundo Natália, o abrigo ainda está com oito crianças e adolescentes, na faixa etária de 4 a 13 anos, que ainda não conseguiram padrinhos afetivos.
Os interessados podem procurar a instituição através dos telefones (92) 3396-6777 e Whatsapp (92) 99171-7368 ou ir pessoalmente ao abrigo, que funciona na Rua João Florêncio Nunes, 10 – Centro, Iranduba, Amazonas.