Da Redação
MANAUS – O estudante Rodrigo Otávio Cardoso, 16, que iria cursar o segundo ano do ensino médio em 2019 e foi aprovado para o curso de Medicina na UEA (Universidade do Estado do Amazonas), teve autorização da Justiça do Amazonas para cursar a faculdade. O adolescente vai realizar as provas de avanço de série no Colégio da Polícia Militar do Amazonas, onde cursava o ensino médio.
Rodrigo Cardoso precisaria cursar o 2° e 3° ano do ensino médio para obter o certificado de conclusão e poder efetivar a matrícula na universidade. Ele entrou com uma ação na Vara da Infância e Juventude Cível e a juíza Rebeca de Mendonça Lima aceitou o pedido.
O adolescente já havia sido aprovado no mesmo curso no ano anterior, além de diversos outras provas de instituições renomadas como a Fundação Matias Machline onde ficou em 1° lugar.
A juíza concedeu liminar determinando que o Colégio da Policia Militar de Manaus realize as provas de avanço de série e, sendo aprovado, o adolescente possa receber o diploma de conclusão do Ensino Médio, que é exigido no momento da matrícula no curso superior.
O adolescente não só passou nos testes como gabaritou em quase todas as disciplinas. “Eu fiquei muito nervoso porque tinha receio que a juíza não fosse permitir que eu fizesse a prova. Mesmo sabendo que tinha capacidade, sempre bate um nervosismo. Quando o advogado ligou e disse com uma voz meio tristonha, que tinha uma notícia para mim e que era “mais ou menos”, eu me desesperei. Fiquei sem chão. Mas depois percebi que não passava de brincadeira e que a juíza havia concedido a liminar”, afirmou Rodrigo Cardoso.
A juíza Rebeca de Mendonça Lima disse que é preciso sensibilidade do magistrado em situações como essa. Segundo ele, mesmo com pouca idade, o adolescente mostrou que tem capacidade intelectual e que há possibilidade de concessão do pedido.
“É claro que depende de cada caso. Mas eu tenho esse entendimento de que, independentemente de ser de escola pública ou particular, foi aprovado numa universidade pública que é muito concorrida por haver um número limitados de vagas, então temos que olhar com mais sensibilidade”, disse a juíza.