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MANAUS – Com aumento da taxa Selic pelo Banco Central para 14,25% ao ano, o financiamento de imóveis será mais caro. É que os bancos aumentam os juros nas prestações elevando o valor total do imóvel e dificulta acesso ao crédito. Mas há alternativas menos dispendiosas.
“Para quem pretende adquirir um imóvel em 2025, uma alternativa interessante pode ser o consórcio. Ao optar por essa modalidade, o comprador não paga juros, mas apenas uma taxa de administração que gira em torno de 0,12% ao mês”, explica o economista Marcus Evangelista.
“Essa opção pode ser vantajosa para quem não tem pressa em adquirir o imóvel e pode aguardar a contemplação do consórcio. No entanto, é preciso ter em mente que o consórcio pode ser uma escolha mais lenta em relação ao financiamento convencional”, complementa.
O empresário do ramo imobiliário Jorge Ayub explica que a alta da Selic encarece o crédito e impacta diretamente o setor imobiliário porque inibe o financiamento, mas imóveis são bens que valorizam com o tempo.
“Trata-se de um ativo real que preserva valor e pode gerar renda constante. Para quem deseja adquirir, o consórcio se destaca como alternativa eficiente. Um imóvel de R$ 1 milhão, por exemplo, pode ser pago em até 180 meses com parcelas abaixo de R$ 3 mil, bem abaixo de um financiamento tradicional. Isso permite planejamento e preservação do patrimônio com inteligência”, diz Jorge Ayub.
No caso de abertura de empresas ou aquisição de bens para negócios, a opção é buscar linhas de crédito com taxas subsidiadas e prefixadas. “Essas opções oferecem condições mais favoráveis, com taxas de juros mais baixas e previsíveis, o que ajuda a minimizar o impacto das altas taxas de juros no custo total do financiamento. Assim, os empreendedores podem planejar melhor seus investimentos e garantir maior estabilidade financeira para suas empresas”, explicou Marcus Evangelista.
Embora financiamentos sejam uma ferramenta útil para alavancar negócios e atender necessidades pessoais, é importante estar ciente dos riscos envolvidos.
“Endividamento excessivo é um dos maiores riscos do financiamento é o comprometimento de parte significativa da renda com parcelas, o que pode gerar dificuldades financeiras no futuro. Com altas taxas de juros, especialmente em períodos de Selic elevada, os custos do financiamento podem ser elevados, tornando o pagamento mais oneroso. A inadimplência também pesa. Caso não seja possível honrar com os pagamentos, o financiamento pode resultar em restrições de crédito e até mesmo a perda de bens dados como garantia”, alerta Marcus Evangelista.