Por Marcela Lemos, da Folhapress
RIO DE JANEIRO – O advogado Cláudio Dalledone, que defende o ex-vereador Dr. Jairinho, afirmou nesta quarta-feira (1º) que acionará o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, responsável pelo do Caso Henry Borel, 4, morto no ano passado.
O advogado se envolveu em um bate-boca com a magistrada após ele interromper um comentário dela durante o depoimento do perito Leonardo Hubir Tauil, que assinou o laudo de necropsia da criança. “Se o senhor me interromper mais uma vez, o senhor vai ficar lá fora”, reagiu a juíza.
O advogado respondeu: “Isso a senhora não pode fazer. Não fico. Vai mandar me prender?” Ela então rebateu: “Então o senhor chama a polícia lá para me prender”.
A audiência judicial, que ouve nesta quarta duas testemunhas convocadas pela defesa sobre o laudo de necropsia no corpo de Henry, foi marcada por diversos conflitos entre as partes.
Outro momento tenso foi a discussão entre Dalledone e Cristiano Mediano, advogado do pai de Henry, Leniel Borel. O assistente de acusação questionou por diversas vezes o que chamou como de falta de objetividade da defesa do ex-vereador ao questionar o perito.
Os dois chegaram a se encarar. A Polícia MIlitar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro precisou intervir para acalmar os ânimos.
Além do perito legista Leonardo Huber Tauil, o assistente técnico Sami El Jundi, contratado pelos advogados de Jairinho, começou a prestar depoimento pouco depois das 16h30.