Por Henderson Martins/Da Redação
MANAUS – O juiz auxiliar do TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral) Ricardo Augusto Sales deu prazo de cinco dias para que o ex-prefeito de Nhamundá (a 381 quilômetros de Manaus), Mário José Chagas Paulain, apresente defesa com documentos e testemunhas sobre denúncias de compra de voto nas eleições gerais deste ano. A decisão foi publicada na manhã dessa quarta-feira, 7, no Diário Eletrônico da Corte Eleitoral.
Mario Paulain foi detido pela Polícia Civil do Amazonas no dia 7 de outubro, primeiro turno das eleições, com R$ 2,2 mil e diversos santinhos do governador eleito Wilson Lima (PSC), material de campanha de Fernando Haddad (PT), da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), do senador Eduardo Braga (MDB), do deputado federal Gedeão Amorim (MDB), um título de eleitor, uma carteira de identidade em nome de Jean Leal de Castro, além de um bloco de recibos e um faixa com a foto do governador Amazonin o Mendes.
O juiz determinou também perícia no aparelho celular de Paulain apreendido e anexação do conteúdo no inquérito. Os advogados de Amazonino pediram que a perícia seja realizada pela Polícia Federal. Vídeos e fotos do material apreendido estão anexados ao inquérito. Conforme os advogados, as imagens mostram a proximidade do ex-prefeito com o governador eleito Wilson Lima.
Conforme os advogados, no dia 5 de outubro, quando o município de Nhamundá foi visitado pelo candidato Wilson Lima, toda a coordenação da logística da visita foi realizada por Mário Paulain que, à época, o que afirmam que se torna público e notório que o ex-prefeito coordenava a campanha do governador eleito.
O ATUAL entrou em contato com a assessoria de Wilson Lima, mas não obteve resposta sobre o posicionamento em relação ao processo.