
Do ATUAL
MANAUS – O juiz Reyson de Souza e Silva, da Comarca de Manaus, determinou na noite de domingo (9) que a Polícia Civil do Amazonas prenda o gerente comercial Robson Silva Nava Júnior, suspeito de matar o jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos, em uma briga na madrugada de sábado (8) nas proximidades de uma casa noturna na zona centro-sul de Manaus.
Além de ordenar a prisão temporária, de 30 dias, o juiz determinou que a polícia apreenda na casa de Robson o que for necessário para o andamento das investigações, incluindo o celular do gerente. “Proceda-se à apreensão de material objeto do crime, assim como a apreensão de aparelho celular do representado”, diz trecho da ordem de Reyson.
Mohammad, que estava de férias no Brasil, morreu após levar golpe de garrafa quebrada no pescoço durante uma briga que começou dentro da casa noturna e terminou na rua, nas proximidades do estabelecimento. O jovem foi atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Além dos pedidos de prisão e de busca e apreensão, a polícia solicitou a quebra do sigilo telefônico, interceptação telefônica e afastamento de sigilo de dados telemáticos de Robson, que foi rejeitada. O juiz, que estava atuando em plantão judicial, afirmou que os pleitos poderão ser apreciados pelo juiz que assumirá o caso.
A polícia relatou que Robson compareceu espontaneamente na delegacia e apresentou uma camisa que ele alegou estar usando no momento dos fatos. A vestimenta, no entanto, segundo a polícia, não é a mesma que aparece nas imagens colidas por câmeras de segurança. Uma testemunha reconheceu ele como sendo o responsável pelo golpe fatal contra Mohammad.
Em nota publicada no domingo, a Sociedade Árabe Palestina do Amazonas informou que o jovem foi vítima de um ato brutal. A entidade pediu apuração rigorosa sobre os fatos.
“A Sociedade, como representante da comunidade árabe palestina neste estado, manifesta sua confiança plena na justiça e nas autoridades competentes para a apuração rigorosa dos fatos e a devida punição dos responsáveis por esse ato covarde”, comunicou a entidade.
A Polícia Civil do Amazonas informou que investiga o caso e não pode dar detalhes para não atrapalhar os andamentos dos trabalhos policiais.