MANAUS – O deputado José Ricardo Wendling (PT), membro da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), confirmou na manhã desta sexta-feira, 30, que será candidato a presidente da Casa, na eleição que acontece neste domingo, 1. Em conversa com outros parlamentares, já há sinalização de apoio, como o do deputado Luiz Castro (PPS), que, inclusive, estuda a possibilidade de disputar o cargo de ouvidor/corregedor da Mesa Diretora.
Nesta manhã ele apresentou à imprensa 13 propostas que o motivaram a disputar a eleição. “Não estamos contra pessoas. Defendemos projetos e ideias daquilo que consideramos o melhor para a Assembleia e para o Amazonas”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, as propostas são contribuições na busca de um modelo de administração mais eficiente, de fiscalização e de combate à corrupção. “Esta Casa é a representação do povo e para ele deve trabalhar. Uma das principais atribuições constitucionais do parlamento é fiscalizar o Poder Executivo”.
Entre as propostas estão: Assembleia trabalhando com a participação popular, com transparência e autonomia em relação ao Poder Executivo; fiscalização permanente para não permitir desvios de conduta ou de corrupção, seja na ALE ou no Governo; melhorar os mecanismos de controle e transparência, abrindo um canal de diálogo com a sociedade; realizar concurso público na Assembleia, evitando apadrinhamento político, e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; defender o funcionamento regular das comissões permanentes; revisão do Regimento Interno da Assembleia, acabando com o voto por declaração de deputados ausentes e incluindo o sistema de proporcionalidade na composição da Mesa Diretora.
Há também proposta para garantir a presença de mulheres na Mesa Diretora, para que a TV Assembleia seja transmitida em canal aberto, além de propor que os arquivos da ALE transformem-se em fonte de pesquisa.
A proposta mais polêmica é a convocação de secretários para justificar os regimes de urgências de projetos encaminhados à Casa. Na maioria das vezes que a oposição pediu a convocação de secretários, a base aliada do governo rejeitou.
Durante o seu primeiro mandato, o deputado já havia protocolado outras propostas para o aperfeiçoamento dos trabalhos na Casa. Em 2013, foi apresentado um Projeto de Resolução que tratava do afastamento do ouvidor-corregedor da Assembleia Legislativa (em caso de impedimento, seria afastado imediatamente), além de ter sido o único parlamentar a apresentar emenda ao Projeto de Resolução nº 04/2014, que institui o Código de Ética da Assembleia Legislativa, e solicitou a realização de uma audiência pública para discutir o projeto.