Da Redação
MANAUS – Um transformador de energia foi apreendido em operação policial nessa segunda-feira, 9, em uma fábrica de reciclagem no Ramal Bela Vista, no Puraquequara, zona leste de Manaus. Segundo a assessoria da Amazonas Energia, o transformador era usado no abastecimento de energia no bairro São Francisco, na zona centro-sul, e foi roubado.
O transformador, de 112 kVA, era usado para ligações clandestinas na invasão do Ramal Bela Vista. Com a apreensão, o local ficou sem energia elétrica. O único poço de água que existe no local também foi afetado.
Moradores da invasão protestaram no início da tarde desta terça- feira, 10. Um grupo interditou o acesso ao ramal e ateou fogo em madeiras e sucatas de eletrodomésticos como geladeira e fogão. Uma viatura da Polícia Militar esteve no local, mas nenhuma pessoa foi presa.
Em nota, a Amazonas Energia informou que não é possível fornecer energia de maneira regular para áreas invadidas, onde não há documento de posse ou pavimentação segura para instalação de postes e de rede elétrica.
A empresa reconhece que as invasões em Manaus são um desafio, e que não consegue realizar o trabalho sem o apoio de órgãos públicos. Análises jurídicas estão sendo feitas para para tentar resolver a situação, segundo diz na nota.
A Amazonas Energia informou que 60 comunidades oriundas de invasão estão instaladas em Manaus e que as unidades consumidoras de energia próximas às invasões também sofrem com interrupções e oscilações em decorrência das irregularidades.
Leia a nota na íntegra:
A Amazonas Energia informa que na segunda-feira (09), foi realizada uma operação policial em uma fábrica de reciclagem, na qual era atendida por um transformador de 112 kVA furtado de forma clandestina, que também atendia uma área de invasão do Ramal Bela Vista, no Puraquequara. De acordo com o registro do equipamento, o mesmo pertencia ao bairro São Francisco, e devido a irregularidade, o transformador foi apreendido.
As invasões da cidade de Manaus são um grande desafio, no qual a Distribuidora precisa do apoio de órgãos públicos, como por exemplo, a Prefeitura. As invasões em Manaus chegam a 60 comunidades, e a maior parte delas estão localizadas principalmente na Zona Norte da Capital, e outras várias no interior do estado. Unidades consumidoras próximas a áreas de invasão apresentam interrupções e oscilações de energia. Para atendermos determinada região, é realizado todo um estudo da área e uma programação. Estamos analisando juridicamente uma forma de resolver essa situação, que só será possível com o trabalho em conjunto com os órgãos públicos.
A Distribuidora não pode regularizar o fornecimento de energia em áreas de litígio, onde o morador da invasão não apresenta documento de posse, ou condições seguras de pavimentação para instalação de postes e de toda rede elétrica.