Da Redação
MANAUS – A infecção pelo novo coronavírus se espalha no Amazonas e, com 168 novos casos em 24 horas, já são 804 os contaminados, informou a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), na tarde desta quarta-feira, 8. “Estamos com uma curva ascendente e sistemática dos casos. Significa que a transmissão está se ampliando, mais pessoas estão sendo afetadas e mais pessoas estão precisando de suporte hospitalar”, disse a diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto.
Manaus concentra 712 casos, os municípios do interior contam 92 casos. Os municípios com pessoas infectadas são: Manacapuru (44, com três óbitos), Parintins (6, com dois óbitos), Itacoatiara (11), Santo Antônio do Içá (7), Tonantins (3), Iranduba (9), Careiro da Várzea (2), São Paulo de Olivença (3), Presidente Figueiredo (2). Os municípios de Anori, Boca do Acre, Novo Airão, Manicoré e Tabatinga registram um caso, cada, sendo que em Novo Airão teve um óbito.
A taxa de internação no Amazonas é de 15,1%. Um total de 122 pessoas confirmadas para a Covid-19 continuam internadas, destas, 58 estão em UTI. Internados com suspeita também são 122, destes 38 estão em UTI. Outras 120 pessoas aguardam resultado de exames laboratoriais.
Em isolamento domiciliar estão 608 pessoas, o que corresponde a 75% do total de casos. Outros 44 pacientes saíram do período de transmissão. Foram notificados 52 mortes, das quais 30 foram confirmadas, o que dá uma letalidade de 3,73%. A FVS descartou 11 óbitos e outros 11 seguem em investigação.
Testes rápidos
Além dos 9,6 mil testes rápidos disponíveis na rede estadual de saúde, o governo adquiriu outras 20 mil unidades, segundo Cássio Roberto, secretário executivo de Atenção Especializada do Interior. “Existe uma compra dos estado de mais 20 mil testes e o critério de utilização desses testes a gente está observando o que as portarias do Ministério da Saúde estão dizendo”, disse.
Rosemary Pinto explica que o maior número de casos anunciados no boletim desta quarta não foi pelo uso dos 9,6 mil testes rápidos que chegaram recentemente ao estado, mas pela quantidade de resultados de exames emitidos.
“O nosso aumento do número de casos não se deveu ao uso dos testes rápidos, até porque eles são muito seletivos, não é para toda a população e também porque praticamente começamos ontem o uso de testes rápidos. O que fez aumentar é porque tínhamos uma demanda reprimida de exames no laboratório central e nós reestruturamos o Lacen e duplicamos a capacidade de diagnóstico”, explicou.