Da Redação, com informações da Agência Brasil
MANAUS – Mais da metade da população do Amazonas (55,7%) ficou inadimplente com as contas em novembro de 2019. O estado registrou número maior que média no Brasil, que é de 40%. Os dados sobre inadimplência foram divulgados nesta quarta-feira, pela Serasa Experian. Conforme a pesquisa, dos sete estados da Região Norte, três tiveram índices elevados de falta de pagamento das contas.
A falta de pagamento das contas também englobava metade dos habitantes de Roraima (50%) e no Amapá (49,4%), Acre (47,4%), Tocantins (46,3%) Rondônia (45,5%) e Pará (42,2). Os estados que ostentavam os três melhores índices eram Piauí (33,2%), Rio Grande do Sul (34,7%) e Santa Catarina (34,8%).
O total de inadimplentes, pessoas com contas em atraso, ficou em 63,8 milhões em novembro de 2019, ante 62,6 milhões registrados em igual mês de 2018.
Em novembro de 2019, o número de contas não pagas ou atrasadas chegou a 226,6 milhões, uma relação de 3,5 contas por CPF. Em novembro de 2018, o total era de 234,4 milhões, o que representava 3,7 contas por CPF.
As dívidas negativadas podem gerar a inclusão do nome da pessoa inadimplente em listas mantidas por instituições de proteções de crédito, como Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa, o que impede a obtenção de empréstimos e financiamentos.
Contas
De acordo com o Serasa Experian, a quitação de contas de serviços de telecomunicação, como de internet e telefone, foi o que mais colaborou para o resultado apurado. Esse setor fechou novembro de 2019 com uma redução de 2,4 pontos percentuais na taxa de inadimplência.
Já as dívidas com bancos e cartões, que permaneciam em aberto, eram a maioria, representando 28,1% do total, com variação positiva de 0,6 ponto percentual, ante novembro de 2018.
No setor de serviços, constatou-se a mais alta variação, de 0,8 ponto percentual. Nesse caso, as contas atrasadas respondiam por 9,4% do total registrado em novembro de 2019.
O economista do Serasa Experian Luiz Rabi disse que os números sinalizam que as pessoas inadimplentes começaram a organizar seus débitos, aproveitando, principalmente, as últimas ações de feirão de renegociação. Para ele, mais pessoas deixarão essa condição, gradualmente, nos próximos meses.