Da Redação
MANAUS – A Prefeitura de Manaus planeja construir até 180 moradias no Centro da capital. Engenheiros do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) identificaram, entre um grupo de imóveis abandonados, lotes que podem ter conjuntos e complexos de habitação social. Os prédios serão desapropriados para instalação do projeto “Nosso Centro”.
O modelo projetado pelo Implurb inclui unidades habitacionais com dimensões entre 35 e 42 metros quadrados, fachadas verdes, paisagismo e áreas comuns integradas.
Deverá haver licitação para que o construtor execute a obra e financie o imóvel junto a uma instituição bancária, como a Caixa Econômica Federal, podendo oferecer imóveis dentro do programa “Casa Verde e Amarela”, com preços reduzidos. A Prefeitura de Manaus entraria com a contrapartida da cessão do imóvel, após a desapropriação.
O Centro Histórico pode comportar 150 mil novos moradores, de maneira confortável, segundo os engenheiros do Implurb.
O arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, diretor de Planejamento, diz que não se pode ter um território que tenha apenas um uso predominante, como só de serviço ou só de comércio, pois isso acaba tornando o espaço funcional em um período – somente no horário comercial.
“Hoje se tem uma clara visão de esvaziamento do Centro e, por consequência, de menor segurança a partir do fechamento das lojas às 17h. Há dez anos, o comércio funcionava depois das 18h”, disse Cordeiro.
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Para proporcionar maior movimento, ocupação e diversidade de usos do território central, os projetos envolvem prédios com cinco pavimentos e fachadas ativas até as populares vilas, ainda encontradas no Centro.
“A oferta de habitação no Centro vai promover qualidade de vida à medida que irá reduzir deslocamentos de quem trabalha no bairro, mas hoje, por exemplo, quem mora na zona leste passa duas, três ou mais horas dentro do transporte público para ir e voltar”, afirmou o arquiteto.
Outro formato para investimento em habitação é a reconversão de prédios antigos e até hotéis abandonados que podem se transformar em unidades habitacionais, fora os vazios urbanos existentes e já identificados durante estudos e pesquisas do Implurb.
“A ideia de se promover a habitação de volta ao território é de estimular e incentivar a ocupação, consolidar a moradia, inclusive com investimentos da iniciativa privada, ampliando as ofertas em várias faixas sociais e de renda. Para todos os tipos de família”, mencionou Cordeiro.