Da Redação
MANAUS – O Hospital Universitário Francisca Mendes, na zona norte de Manaus, referência em cirurgia cardíaca no Amazonas, tinha um “arranjo” de serviços terceirizados que não era claro sobre quem prestava as atividades, disse o governador Wilson Lima em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 18. Lima disse que espera resolver o problema em 15 dias.
“O que a gente encontrou no Hospital Francisca Mendes foi um arranjo bem complexo que resultou na não continuidade de procedimentos cirúrgicos. Não estava claro de quem era a competência de alguns serviços”, afirmou.
“Os pagamentos junto a Unisol, que era a empresa responsável por gerir aquela unidade, estavam em dia. Mesmo assim, tivemos problemas na continuidade de cirurgias por conta de equipamentos que estavam danificados”, completou Wilson Lima.
No dia 4 deste mês o governo assumiu de maneira compartilhada a gestão do hospital. A intenção é realizar pelo menos duas cirurgias nos próximos dias. Segundo Lima, duas máquinas de hemodinâmica estavam quebradas.
Lima anunciou que o estado contratará um sistema de informática do Paraná chamado GSUS (Sistema de Gestão da Assistência de Saúde) para controlar todas as ações como dispensação de medicamentos, prontuário eletrônico para saber quantos pacientes são operados, quantos comprimidos foram dispensados e quantos médicos foram trabalhar nas unidades de saúde. Não há previsão para a ferramenta começar a funcionar.
Terceirizados
Sobre a contratação direta dos trabalhadores terceirizados sem o vínculo com as empresas, principalmente enfermeiros e técnicos de enfermagem, Wilson Lima disse que depende da definição dos direitos trabalhistas, o que está sendo negociado com o Ministério do Trabalho.
“Ainda há ruído na comunicação com as cooperativas, que não passam todas as informações que o Estado direciona para elas. E o servidor reclama, porque ele também tem o atraso do salário do ano passado que acumula com o atraso deste ano. Aí fica bem difícil a situação”, disse.
Com a contratação direta, o governo espera reduzir de 25% a 30% o gasto com as empresas. “As dívidas anteriores nós estamos negociando com as empresas”, reafirmou.
(Colaborou Alessandra Taveira)