Da Redação, com Ascom TJAM
MANAUS – Acusado de assassinato com requintes de crueldade, Ronildo Nunes da Silva foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado pelo Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Ele e outros dois homens mataram Dionísio Magalhães de Souza a pauladas, pedradas e facadas em 2013.
A ação penal 0207099-61.2014.8.04.0001 inclui Jorge Martins da Silva e Diney Martins da Silva, que estão foragidos. A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Adonaid Abrantes de Souza Tavares, da 3ª Vara do Tribunal do Júri.
Durante os debates, o promotor de justiça Vitor Moreira Fonseca pediu a exclusão do termo ‘motivo torpe’, porém o Conselho de Sentença entendeu que o réu praticou o crime por meio cruel e motivo torpe. Com isso, a pena do réu (que era primário) ficou em 16 anos de prisão. Pela confissão, Ronildo teve a pena reduzida para 15 anos. Considerado o período em que já havia permanecido em prisão preventiva (de 6 de agosto de 2018 até a data da sentença), Ronildo terá de cumprir a pena de 13 anos, 10 meses e 27 dias de reclusão.
O crime
De acordo com a denúncia do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), no dia 4 de maio de 2013, por volta de 9h, na Rua Autaz Mirim, bairro Monte Sião, Dionisio Magalhães de Souza foi espancado com pauladas e pedradas por Jorge Martins da Silva, Ronildo Nunes da Silva e Diney Martins da Silva. Quando já estava desacordado e agonizando, já sem oferecer resistência, Dionísio foi esfaqueado e morto.
A motivação do crime, segundo a denúncia formulado pelo MP, foi vingança. Momentos antes do crime, havia ocorrido uma discussão entre os acusados e a vítima, quando esta teria tentando esfaquear o denunciado Jorge, o qual, entretanto, foi defendido por Ronildo, que conseguiu tomar a faca de Dionísio. Logo depois do desentendimento, Dionísio foi perseguido pelos três acusados, que o alcançaram e passaram a espancá-lo e esfaqueá-lo até a morte.