
Herança do ex-governador Amazonino Mendes (PDT), a Ciama (Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas) se tornou a “menina dos olhos” dos governadores que sucederam o cacique nos últimos 20 anos, como Eduardo Braga, Omaz Aziz e, agora, José Melo. Um dos principais motivos é que a companhia cria um elo (político e econômico) entre o governador e os prefeitos do interior, tornando os gestores municipais eternos dependentes do Estado. Após o AMAZONAS ATUAL publicar, neste domingo, 19, que José Melo recuou da extinção da companhia, a coluna foi informada que o principal motivo da desistência foi o conselho de políticos aliados, principalmente, deputados sobre a crise que o fim da estatal poderia causar no relacionamento com os prefeitos. Resultado: mantêm-se gastos de um órgão “não-essencial” para se garantir a permanência no poder.