Da Redação
MANAUS – Grupos de trabalhadores promoveram panfletagem na manhã desta sexta-feira, 14, em vários locais de Manaus em protesto contra a reforma da Previdência. O trânsito e o comércio não foram afetados pela adesão à greve geral convocada pelas centrais sindicais. Uma manifestação está marcada para ocorrer a partir das 15h na Praça da Saudade, no Centro.
Na Praça da Polícia, sindicalistas da CTB (Central dos Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) realizaram panfletagem nas ruas e em agências bancárias do Centro. Cartazes com a frase ‘Não mexa na minha aposentadoria’ foram usados para chamar atenção ao protesto.
Isis Tavares, que é presidente da CTB, afirmou que “é preciso dar o recado aos parlamentares que vão votar” a proposta de reforma do governo Bolsonaro.”Eles vão ficar do lado do povo trabalhador ou estão do lado do mercado financeiro? Eles precisam da gente”, afirmou.
No início da manhã desta sexta-feira, trabalhadores de agências bancárias do Centro de Manaus afirmaram que os serviços seriam realizados normalmente. As agências abriram às 9h e fecham às 15h, no horário normal.
De acordo com o presidente da UGT, Antônio Mardônio, a mobilização também ocorre na refinaria de Manaus e na Ufam (Universidade Federal do Amazonas). “A decisão das centrais foi que pela parte da manhã cada categoria iria fazer as suas manifestações, e a tarde a grande concentração a partir da 15h”, afirmou.
Em frente à sede da Prefeitura de Manaus, na zona oeste da capital amazonense, um grupo de professores da rede pública municipal promoveu manifestação com panfletagem. De acordo com os organizadores, o local foi escolhido porque o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, afirmou que apoia a proposta do governo Bolsonaro.
Os professores da rede municipal também protestam contra o encerramento “brusco” das negociações com prefeitura de Manaus por reajuste salarial. De acordo com o professor Gervaldo da Silva, a categoria foi surpreendida com o envio de projeto de lei à CMM (Câmara Municipal de Manaus) com proposta de 8% de aumento que havia sido rejeitada em assembleia. A Prefeitura pagará 5% este mês e mais 3% em novembro.
“Pauta econômica, pedagógica, infraestrutura das escolas, e bruscamente a prefeitura encerrou a mesa de negociação e encaminhou para a câmara um reajuste que ele estava propondo e que a categoria havia rejeitado em assembleia”, afirmou Silva.
Na Ufam, servidores públicos bloquearam trecho da entrada do campus e promoveram manifestação no “Bosque da Resistência”. O trânsito na Avenida Rodrigo Otávio ficou comprometido.