
Do ATUAL
MANAUS – Com investimento de R$ 70 milhões, a Livoltek, empresa do grupo chinês Hexing Group, vai inaugurar em Manaus a primeira fábrica de inversores de energia solar da América Latina. Inicialmente, a operação em Manaus deve gerar 600 empregos diretos. A solenidade do início das atividades ocorrerá no dia 24 de julho e a produção começará no segundo semestre.
A Livoltek também produzirá em Manaus baterias de lítio e carregadores de veículos elétricos. Conforme a empresa, a fabricação deve começar no final de 2024.
Em uma primeira fase, serão importados apenas as carrocerias e os chips – que não são fabricados no Brasil – e alguns outros componentes eletrônicos, mas as PCBs (do inglês Printed Circuit Board ou Placa de Circuito Impresso) serão produzidas no Brasil.
A Livoltek projeta o investimento para atender os países vizinhos como Argentina, Colômbia, Paraguai e Peru e, futuramente, mercados da Europa. Com sede na China, a empresa possui fábricas na Indonésia e na África, além de contar com operações na Europa.
Planta de Manaus
Na capital amazonense, a nova fábrica ocupará 18 mil m². A produção inicial será de inversores string e híbridos. A expectativa é oferecer inversores fabricados no Brasil ao mesmo custo dos importados à medida em que as etapas produtivas forem sendo nacionalizadas.
De acordo com Rui Cheng, presidente do Grupo Hexing Brasil, holding fundada em 1992 que detém as marcas Livoltek e Eletra Energy, maior fabricante brasileira de medidores eletrônicos, a missão da empresa é ajudar os clientes a desenvolverem seus negócios para ampliarem suas oportunidades e serem os melhores do mercado.
Liangzhang Zhou, presidente do Hexing Group, afirmou que a nova fábrica de inversores demonstra um compromisso de longo prazo da empresa no fomento a industrialização do país, fortalecendo a posição qualificada do Brasil no mercado global.
Zhou disse afirma que funcionários da Eletra em Eusébio, região metropolitana de Fortaleza, serão transferidos para Manaus como supervisores para coordenar e treinar equipes locais.
“A região já tem uma longa história de empresas eletrônicas, então há uma boa quantidade de mão de obra qualificada. Na Eletra temos poucos executivos e engenheiros chineses. Mais de 96% de todos os funcionários são brasileiros, e acreditamos que esse é um dos principais ingredientes para o nosso sucesso”, disse.
A empresa explica ainda que conta apenas com os incentivos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que todas as empresas estabelecidas em Manaus têm, sem tratamento especial. “Acreditamos firmemente no “livre mercado” e não esperamos depender de incentivos governamentais para sermos competitivos”, afirma Liangzhang Zhou.