Da Redação
MANAUS – Projetada para ser um polo de agronegócios no Sul do Amazonas, com apoio dos governos federal e estadual, a zona Amacro – que abrange os estados do Amazonas, Acre e Rondônia – se transforou em uma nova frente de desmatamento, grilagem e conflitos por terras, conforme reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda-feira (21).
A reportagem traz dados de três entidades (Greenpeace, Imazon e Comissão Pastoral da Terra).
Levantamento elaborado pelo Greenpeace apontou a Amacro como um dos atuais eixos de grilagem de terras na Amazônia. A ONG identificou comercialização de área de 95 mil hectares dentro de unidade de conservação por até R$ 57 mil e outras de 2 mil hectares localizadas dentro de reserva extrativista.
A reportagem também divulgou dados do Instituto Imazon de que 537 km2 de florestas foram derrubados nos sete municípios amazonenses que integram a Amacro (Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã) entre janeiro e maio deste ano. O total corresponde a 87% de todo o desmatamento ocorrido no Estado nesse período.
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A nova frente de desmatamento é apontada pelo pesquisador Antônio Fonseca, do Imazon. A ONG constatou que nos 32 municípios do projeto Amacro estão 94.199 km2 de florestas públicas não destinadas, que são terras da União que não estão protegidas como unidades de conservação ou não pertencem a órgãos.
Para a superintendente da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), Louise Caroline Campos Löw, e o secretário de Produção Rural do Amazonas, Petrúcio Magalhães Júnior, o objetivo é garantir o desenvolvimento sustentável da região.
Leia a reportagem completa do jornal O Globo.