BRASÍLIA – Além da presidente da Petrobras, Graça Foster, outros cinco diretores apresentaram pedido de renúncia. A informação consta de resposta da estatal a ofício da BM&FBovespa pedindo esclarecimentos sobre notícias veiculadas na mídia em relação a substituição na presidência, que geraram forte alta das ações no pregão de terça-feira, 3. A nova diretoria será eleita em reunião do conselho de administração na próxima sexta-feira, dia 6 de fevereiro.
A presidente da Petrobras se reuniu, nesta terça-feira, 3, no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma Rousseff para discutir a estratégia de saída dela e da diretoria. Elas conversaram reservadamente por cerca de duas horas, o que aumentou os rumores de que Dilma teria definido a saída da executiva do comando da estatal.
Graça chegou ao Planalto por volta das 15 horas e deixou a sede do governo perto das 17 horas. Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobras de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.
A situação da presidente da estatal se agrava a cada dia, diante dos problemas que estão sendo enfrentados pela empresa. Ontem, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado. A afirmação consta de um relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. A estatal está no foco das denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvendo situações de corrupção.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)