Por Rosiene Carvalho, da Redação
Em ano de crise com cortes em áreas como Saúde e Educação, o Governo do Amazonas firmou contrato de cerca meio milhão para a FBJJ (Federação Brasileira de Jiu-Jítsu) realizar um evento de dois dias em Manaus com estimativa mínima de lucro, com as inscrições, de R$ 165 mil. A Sejel já empenhou e pagou R$ 200 mil no dia 20 de dezembro à FBJJ. A outra parte do valor o Estado vai repassar, segundo o secretário da Sejel (Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer), Fabrício Lima, em janeiro.
O evento será uma seletiva do “Brazil National Pro Championship” nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2017 no Ginásio Amadeu Teixeira. Há competições que o valor arrecadado com as inscrições bancam as premiações e a estrutura do evento, o que não vai ser preciso nesta seletiva da FBJJ em Manaus, segundo informações fornecidas pela Sejel.
Além de contar com a estrutura do Estado, a FBJJ vai receber R$ 488 mil para realizar a competição em Manaus. O valor da inscrição é de US$ 25, o que na cotação do site da federação dá R$ 82,50 (até 17 anos) e de US$ 35 dólares, cerca de R$ 115,50 (para os atletas acima de 18 anos).
De acordo com dados da assessoria de comunicação da Sejel, a estimativa de competidores no evento é de dois mil atletas, sendo que de fora de Manaus a expectativa é receber 300 atletas.
Uma conta simples, considerando o valor mais baixo da inscrição e a estimativa de atletas feita pela própria Sejel, indica que o lucro da entidade particular será de, no mínimo, R$ 165 mil para um evento em área cedida pelo Estado. Evidentemente, que se alcançar toda a estimativa de público divulgada pela Sejel, o lucro da FBJJ pode ser maior, mesmo com eventuais cortesias, porque, via de regra, os competidores têm mais de 17 anos.
Além disso, a premiação dos atletas será bancada por uma entidade internacional que realiza a Abu Dhabi World Professional Jiu-Jítsu Championship 2017, em abril. Os atletas classificados, em Manaus, terão como premiação a passagem e hospedagem para participar do mundial em abril, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
“São sheiks que querem transformar o jiu jitsu em modalidade olímpica. Essa seletiva ocorre em 125 países e a grande final será em Abu Dhabi. Ocorreram várias pré-eliminatórias, no Rio, São Paulo, Brasília, em várias capitais do Brasil. Os atletas que vencerem terão o direito de disputar a final com tudo pago pela organização. Os sheiks pagam a despesa. Hotel, visto, alimentação. Tudo pago pelos sheiks”, disse Fabrício ao responder perguntas sobre a premiação.
Investimento
Questionado pela reportagem sobre o valor do evento que, segundo o site da FBJJ é de dois dias, o secretário Fabrício Lima afirmou que, na verdade, o evento tem a duração de cerca de uma semana porque há atividades que precedem as competições como, por exemplo, pesagem dos atletas e seminário gratuito com atletas de destaque nacional como Minotauro.
Fabrico afirmou que, para ele, a realização do “Brazil National Pro Championship” em Manaus é um marco que não pode ser analisado pelo ponto de vista do gasto, mas sim do investimento. “Não olho como custo, olho como investimento. É alto? É. Mas é preciso ver como investimento. As pessoas vão se alimentar, vão se hospedar, comer do nosso peixe, conhecer nossos pontos turístico durante uma semana”, justificou.
Fabrício disse que as seletivas foram realizadas em outras cidades e também representaram custos com dinheiro público. Ele não soube informar os valores, mas admitiu que podem ter sido mais baratas do que o valor para trazer a seletiva a Manaus. “Esse é o maior evento de todos. A grande final. Pode ser que tenha sido mais caro (a etapa Manaus). Acredito que foi. Mas olho como investimento para o Estado”.
Ele afirmou ainda que, a partir deste evento, será possível marcar uma agenda do governador José Melo com os sheiks dos Emirados Árabes. “Estamos articulando para o governador ir até os sheiks. Para se ter ideia, esses locais não produzem nada, importam até a água que tomam. Então, é um mercado aberto e o governo tem esse projeto de criação de peixes. Esses projetos aí”, disse.
O secretário informou ainda que toda estrutura interna da competição, como os tatames, será trazido pela FBJJ para Manaus. Cerca de uma hora após a entrevista por telefone, o secretário ligou novamente para a reportagem para destacar que o Estado está tentando que a segunda parcela do contrato com a FBJJ seja bancada por recursos do Ministério do Esporte. Questionado sobre como ocorreria o repasse caso o valor não fosse liberado antes da data da competição, Fabrício afirmou: “Aí, nós vamos arcar”.
Fabrício Lima disse que o valor não impede o investimento em eventos locais e viagens de atletas para competições fora de Manaus. O titular da Sejel informou que a pasta gastou, em 2016, cerca de R$ 2 milhões no apoio a eventos locais e que nenhum atleta deixou de viajar por falta de apoio do Estado, mesmo com a crise financeira.
“Nenhum atleta que me pediu deixou de viajar. A prefeitura não deu um real. Só para os jogos escolares foram mais de 450 atletas. Não se vê mais ninguém no sinal (de trânsito) pedindo dinheiro para comprar passagem”, disse.
Tá cego então vi vários
Pois graças a Deus temos Fabrício e o cara do esporte, acho que ser questionado por isso sem conhecimento de causa! Temos vários trabalhos sociais em Manaus e Interior voltado ao esporte, onde pessoas como Alex Chagas hoje profissional de MMA atleta e que foi resgatado do Crack quando consumia 40 pedras estava abeira da morte ninguém fala nada hoje ele está bem e praticando Luta Livre Esportiva e prega contra as drogas aos seus alunos se quiser conhecer nossos trabalhos sociais meu nome é Gleyson Rogério e-mail [email protected] e só me contactar Fabrício Lima esta fazendo que pode pelos atletas essa e verdade! Coisa que a maioria dos políticos não esta nem ai para esporte, sabemos que não traz benefícios aos políticos aos “CRÍTICOS” de plantão, porque não questiona sobre carnaval ou sobre boi outras festa que só da lucro para os empresários envolvidos e prejuízo e desgraça para sociedade.
Volto afirmar se quiser conhecer o trabalho que ajuda centenas de pessoas áreas carentes no esporte e só me contactar, o Fabrício tem nos ajudado e somos gratos. ASS. Gleyson Rogério “OBS” abaixo vou deixar endereço blog onde tem algumas fotos do trabalho realizado em Manaus.