Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas instalou, na noite desta segunda-feira, 10, um Gabinete de Crise do Sistema de Segurança Pública. O anúncio foi feito pelo vice-governador e secretário da Casa Civil, Carlos Almeida Filho, durante entrevista coletiva, às 21h30.
Ele disse que a secretaria de Inteligência identificou “alterações” no sistema de segurança pública e o governo quer “se antecipar e evitar distúrbios decorrentes do intenso combate que o Governo tem executado contra o tráfico de drogas.”
Na prática, a Secretaria de Inteligência, a Polícia Militar e a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) identificaram ameaças do crime organizado, que podem resultar em confrontos entre facções criminosas rivais e atingir a população.
Como medida, a Secretaria de Segurança Pública aumentou o efetivo de policiais nas ruas na noite desta segunda-feira, e vai manter esse efetivo, com a realização de operações, “até a normalização das possíveis alterações que estamos detectando”.
Almeida Filho também disse que o Sistema Prisional na capital teve o efetivo de policiais aumentado e “a presença será intensa das forças de segurança” nos presídios para impedir alterações na rotina das cadeias.
Almeida informou que em reação às operações que o sistema de segurança pública vem realizando desde janeiro de 2019, quando Wilson Lima assumiu o governo, as facções criminosas vem registrando conflito entre elas.
“A tarefa do Estado do Amazonas é continuar esse trabalho de repressão ao crime organizado, mas não queremos que a nossa população seja vítima por conta dos desentendimentos desses integrantes do crime organizado estejam realizando”, disse Almeida Filho.
O secretário executivo de Segurança Pública, coronel Anézio Paiva, relatou que a necessidade de instalação do gabinete de crise foi identificada a partir dos sinais de desentendimento entre integrantes de facções, identificados pelos serviços de inteligência do Estado.
O secretário de Administração Penitenciária, coronel Marcus Vinícius, informou que as visitas nos presídios foram suspensas no domingo, 9. “Uma estratégia para resguardar a vida dos visitantes em caso de confronto entre detentos”, disse.