Da Redação
MANAUS – Após ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima, ministros e o presidente Jair Bolsonaro decidiram não intervir no estado durante a crise da falta de oxigênio em janeiro deste ano, revelou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em depoimento à CPI da Covid na manhã desta quinta-feira.
A decisão ocorreu em reunião de ministros com a presença de Wilson Lima e do presidente, segundo disse Pazuello. O ex-ministro respondeu à indagação do senador Eduardo Braga (MDB-AM), autor do pedido de intervenção federal no estado.
Pazuello respondeu que a decisão não era sua como ministro. “Essa decisão não era minha. Ela foi levada ao conselho de ministros. O governador se apresentou ao conselho de ministros e se justificou. E foi decidido, nesse conselho, que não haveria… Desculpa, o termo que eu falei eu quero retirar. O termo não é ‘conselho de ministros’, na reunião de ministros. Me desculpem! Foi levado à reunião de ministros com o presidente. E o governador, presente, se explicou, apresentou suas observações. E foi decidido pela não-intervenção. Foi dessa forma que aconteceu”, disse Pazuello.
Eduardo Braga contestou o ex-ministro. “Está claro que nós identificamos essa fragilidade à época, fizemos o que deveríamos fazer como representantes do povo do Amazonas. Pedimos e assumimos perante a opinião pública e perante a Nação a responsabilidade do pedido. Nós pedimos intervenção na saúde pública do Amazonas para salvar vidas. O governo não quis fazê-lo”, disse o senador.