MANAUS – O governo do Estado acumula um prejuízo de pelo menos R$ 8,3 milhões com a Arena da Amazônia e os dois Centros de Treinamentos que estão sob responsabilidade da Fundação Vila Olímpica: o Estádio da Colina e o Estádio Carlos Zamith. Desde que a Fifa entregou os estádios de futebol ao Governo do Amazonas, após a Copa do Mundo de 2014, a Arena da Amazônia arrecadou R$ 26 milhões, mas apenas R$ 3 milhões foram para os cofres estaduais, enquanto R$ 23 milhões ficaram para quem organizou, para bancar os custos dos eventos. Nesse mesmo período, a Fundação Vila Olímpica desembolsou R$ 11,8 milhões para três empresas que fazem a conservação dos gramados, a limpeza e conservação e a segurança dos estádios. Nesse valor não está incluída a despesa com energia elétrica, que não é discriminada pela fundação.
Os dados estão no Portal da Transparência do Governo do Amazonas. A empresa Fortevip (Forte Vigilância Privada Eirelli), que faz o serviço de vigilância dos estádios, foi a que mais recebeu no período. Em 2014, foram pagos a ela R$ 2,06 milhões. Neste ano, mais R$ 3,3 milhões foram desembolsados para a Fortevip.
A RCA Conservação Limpeza Construções e Comércio de Fardamentos Ltda., que é responsável pelo serviço de limpeza e conservação de áreas internas dos estádios, recebeu neste ano R$ 5 milhões. O contrato original era de R$ 7,6 milhões, com R$ 633,8 mil por mês, mas houve reajuste e ficou em R$ 5 milhões neste ano.
A terceira empresa é responsável pela conservação do gramado dos três estádios. Trata-se da Greenleaf Projetos SA, que no mês passado suspendeu os serviços por falta de pagamento, recebeu R$ 1,1 milhão. O contrato original tinha valor global de R$ 701.040,24, mas sofreu acréscimos ao longo deste ano, ultrapassando R$ 1 milhão.