Da Redação
MANAUS – Três dos maiores hospitais públicos de Manaus – 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcio – vão concentrar cirurgias a partir desta segunda-feira, 26, para liberar pacientes internados que não se enquadram mais no regime de urgência. São pessoas acometidas com problemas ortopédicos, de vias biliares e vasculares.
Nesta segunda começam as operações nos pacientes ortopédicos. A meta é realizar, em 30 dias, 180 procedimentos de ortopedia. “Os três prontos-socorros estarão simultaneamente fazendo essa operação. Vamos ocupar um horário diferenciado para essas cirurgias, das 19h às 1h, utilizando um tempo e um espaço ocioso da unidade de saúde”, disse o secretário de Saúde Marcellus Campêlo.
Pacientes com traumas ortopédicos serão identificados nos hospitais e prontos-socorros. Com a medida, a Secretaria de Saúde pretende dar alta médica para liberar leitos e permitir melhor uso das acomodações clínicas dessas unidades.
Neste domingo, o HPS 28 de Agosto também recebeu dez aparelhos perfuradores que serão utilizados nas cirurgias ortopédicas. Foram adquiridas 35 unidades do equipamento para esses procedimentos.
O mesmo trabalho de desospitalização será adotado para pacientes que aguardam procedimentos vasculares de baixa e média complexidade e de vias biliares (retirada de pedra na vesícula).
Para isso, outras unidades da rede estadual, como o Geraldo da Rocha, irão oferecer leitos de retaguarda para pacientes Covid-19 sem o vírus ativo e que necessitam de procedimentos vasculares menos complexos, por exemplo aqueles que necessitam de atendimento para pé diabético.
Neste final de semana, a unidade já começou a receber os primeiros pacientes vasculares e clínicos, liberando um total de 12 leitos, oito no HPS 28 de Agosto e quatro no HPS Platão Araújo.
Síndromes gripais
O planejamento visa também preparar a rede para um possível crescimento no número de hospitalizações com o início da sazonalidade de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a partir da ocorrência mais frequente de chuvas em Manaus, que geralmente é acompanhada pelo aparecimento de infecções respiratórias.
“Estamos observando aumento nas internações e permanência de longa duração no hospital Delphina Aziz, onde parte dos internados já saiu do período de transmissibilidade. Para isso estamos fazendo uma ação de desospitalização do Delphina e precisamos abrir leitos na retaguarda da rede”, disse Campêlo.
Para o período sazonal das síndromes gripais, que acontece de novembro a junho, há também a previsão do aumento do número de leitos no Hospital Delphina Aziz e nas outras unidades de referência, em cinco fases, conforme a taxa de ocupação de leitos.