Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas gastava R$ 400 mil por mês com aluguel de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na rede privada de saúde, revelou o governador Wilson Lima, nesta sexta-feira, 15, ao inaugurar dez leitos no Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte, em Manaus. “Hoje, com o aumento de pessoal para trabalhar nessas UTIs, nós vamos gastar R$ 200 mil, ou seja, uma economia de 50%”, disse.
O hospital tem capacidade para 50 leitos e 20 já estão funcionando. A unidade possui 170 leitos ativados e 216 esperando para entrar em operação.
Segundo o secretário de Saúde, Carlos Almeida, mais nove leitos de UTI e três salas cirúrgicas serão entregues no Hospital Universitário Francisca Mendes. Na maternidade Ana Braga, serão reativados 11 leitos de UTI neonatal e seis de UTI materna, que estavam bloqueados por falta de condições de funcionamento. Outros 19 leitos de UTI neonatal, que estavam funcionando de forma precária, estão sendo preparados para funcionar adequadamente na Ana Braga.
Ainda nesta sexta-feira, foram entregues dois leitos de emergência no SPA Danilo Corrêa, dobrando a capacidade de atendimento. Conforme a diretora da unidade, Patrícia Carvalho, o SPA fica em um ponto estratégico, próximo a dois terminais e ao shopping, o que gera muita demanda. “O Samu traz pacientes constantemente. Então, com quatro leitos na sala de emergência, com certeza vai melhorar muito o atendimento da demanda do estado”, disse.
Fundo do turismo
Sobre o uso de dinheiro do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas) para pagar despesas da área de saúde, Wilson Lima afirmou que o valor – estimado entre R$ 250 milhões e R$ 260 milhões – não vai prejudicar o interior do estado.
“O recurso que é destinado ao interior vai continuar sendo destinado ao interior. Inclusive, uma das propostas que a gente está incluindo na mensagem para a Assembleia Legislativa é que parte desses recursos utilizados aqui na capital seja utilizado em saúde no interior, com equipamento e também com pessoal”, explicou.
“A gente não vê nenhum problema em redesenhar (a destinação do FTI) da maneira que a Assembleia achar mais interessante. O importante é que a gente tem que resolver essa situação, a gente tem que resolver esse problema”, afirmou.