Da Redação
MANAUS – Organização que financia políticas ambientais, a fundação norte-americana Gordon e Betty Moore manifestou interesse em financiar projetos de conservação ambiental na BR-319 (Manaus/porto Velho-RO). Representantes da entidade e da FGV (Fundação Getulio Vargas) virão a Manaus para apresentar projeto ao Governo do Amazonas, anunciou o governador Wilson Lima, após reunião com representantes das instituições no Fórum Global da Força Tarefa de Governadores para Clima e Floresta (GCF Task Force, sigla em inglês), em Caquetá, Colômbia, na noite dessa quinta-feira, 2.
O licenciamento ambiental é o maior entrave ao recapeamento asfáltico em trechos da estrada. A Gordon e Betty Moore planeja destinar dinheiro para o monitoramento das unidades de conservação e a proteção das populações tradicionais, com o objetivo de assegurar a recuperação da rodovia em bases sustentáveis.
“Um dos assuntos que discutimos é sobre a possibilidade de trabalharmos de forma sustentável dentro das unidades. Nós temos um desafio grande pela frente, que é provar que isso é possível”, disse Wilson Lima.
“A Fundação tem interesse em toda a Amazônia e nossa estratégia é apoiar a criação e consolidação de áreas protegidas. No caso do Estado do Amazonas, a Fundação auxiliou a criação de algumas áreas estaduais no passado. Temos interesse em apoiar alguns modelos de desenvolvimento sustentável”, explicou Paulina Arroyo, representante da fundação Gordon e Betty Moore, que não investe no Amazonas desde 2015.
Lima, que representa a delegação brasileira nos debates, afirmou: “Nós precisamos sair do discurso. Os organismos e as fundações internacionais têm que assumir o compromisso não só da conservação, mas acima de tudo, garantir as condicionantes de desenvolvimento social para o nosso povo. Não tem como conservar a floresta sem ter a garantia de que o cidadão vai ter condições de sustentar a família dele. O ser humano precisa ser levado em consideração”.