Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – O superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) no Amazonas, Orlando Fanaia Machado, prometeu entregar até outubro deste ano a nova ponte sobre o Rio Curuçá, no quilômetro 23,3 da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO). Se cumprido o prazo, a obra será concluída mais de dois anos depois da queda da ponte original.
Em 28 de setembro de 2022 a estrutura desabou. Cinco pessoas morreram e dez ficaram feridas. No dia 8 de outubro, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim, no quilômetro 12, também caiu. O superintendente anterior do Dnit, Antônio Leite dos Santos Filho, em 26 de outubro de 2022, afirmou em entrevista que o prazo estimado para recuperação das pontes era de um ano.
As obras de recuperação se arrastaram sem efeito prático por mais de um ano. Em fevereiro de 2024 o Dnit contratou, por R$ 8,1 milhões, um consórcio de empresas para “supervisionar e apoiar a fiscalização na execução de obras de recuperação parcial e de reconstrução das pontes na BR-319“.
A promessa de prazo de Orlando Machado foi feita na manhã desta terça-feira (12), na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), onde compareceu para “expor sobre os trabalhos realizados pela superintendência e planejamento das atividades para o ano de 2024, relativo à restauração, ampliação da capacidade e pavimentação da BR-319”.
“A ponte sob o Rio Curuçá teve colpaso total da estrutura. Ela tinha extensão de 120 metros e está sendo substituída por uma de 150 metros”, disse Orlando Machado. “Com exceções das dos meio do rio, já estamos com as fundações completas. Vamos começar a lançar as transvisinas, que chamamos de mesoestrutura, junto com os pilares. O planejamento é fazer a entrega dela até outubro deste ano”, disse.
BR-319
A Rodovia Álvaro Maia, a BR-319, tem 885 quilômetros e liga Manaus a Porto Velho. A rodovia segue paralela ao Rio Madeira e passa por 11 cidades, 10 do Amazonas: Manaus, Careiro da Várzea, Careiro, Manaquiri, Borba, Beruri, Manicoré, Humaitá, Tapauá, Canutama e Porto Velho, capital de Rondônia.
De acordo com Orlando Machado, “do quilômetro zero, que é a saída por Manaus, até o quilômetro 177,8, parte pavimentada, a gente chama de segmento ou lote A”. “Depois a gente tem o lote C, que é do 178 até o 250. E o famoso lote do meio, que é do 250 até o 665,7. O Amazonas cuida até o quilômetro 740, que é a primeira divisa com o Estado de Rondônia. A partir dali é jurisdição do Dnit de Rondônia”.
Havia a expectativa da leitura de relatório produzido por Grupo de Trabalho criado pelo Ministério dos Transportes para apresentar o resultado dos trabalhos realizados, sobre a pavimentação da BR-319.
“Esse grupo não veio aqui hoje exatamente porque o relatório foi terminado mas está passando por uma análise final e sua divulgação será feita pelo próprio Ministério dos Transportes. Então não vai ser apresentado hoje pelo Dnit”, justificou Machado.