Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – Funcionários de empresas de saúde terceirizadas passarão a pressionar os deputados estaduais e planejam entrar com representação no MP-AM (Ministério Público do Amazonas) para garantir o recebimento de salários atrasados e direitos trabalhistas. São trabalhadores de empresas investigadas pela operação ‘Maus Caminhos’, da PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria Geral da União), por fraudes em serviços de saúde contratados pelo INC (Instituto Novos Caminhos) e pagos com dinheiro do Fundo Estadual de Saúde. Os desvios chegam a R$ 110 milhões e o repasse de dinheiro para as empresas foram bloqueados pela Justiça.
Na manhã desta quinta-feira, um grupo de 80 trabalhadores de duas dessas empresas, Total Saúde e Salvare, utilizaram ambulâncias para protestar contra o atraso de salários. Eles fizeram carreata na cidade e manifestação na ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas). Os manifestantes cobraram providências dos parlamentares.
Munidos de cartazes e faixas, os funcionários reivindicam o pagamento de salários. “Algumas empresas estão com salários atrasados há três meses e o nosso há 15 dias porque as contas foram bloqueadas. Nós também estamos protestando contra esses esquemas de fraude que foram descobertos agora. Nós trabalhamos duro para ganharmos nosso dinheiro e estamos sendo prejudicados”, disse o motorista Ludnei Silva.
Participaram da mobilização motoristas e técnicos de enfermagem que trabalham nas USB (Unidade de Suporte Básico) da Susam (Secretaria de Estado da Saúde). Da ALE, os funcionários iriam ao MP, na zona oeste de Manaus, pedir providências.